Já li este livro, melhor já o li duas vezes. Mas sempre que estou nas Alcáçovas e o tempo está frio e convida ao recolhimento, agarro nele nem que seja para ler esta parte:
" A tradição popular em Portugal, nos assuntos de história da pátria, não remonta além do período da dominação árabe nas Espanhas.
Pouco ou nada sabe o povo de celtiberos, de romanos e de visigodos. É, porém, entre ele noção corrente que, em outos tempos, fora este país habitado por mouros, e que só à força de cutiladas e botes de lança os expulsaram os cristãos para terra das Mourama. Os vultos heroicos de reis e cavaleiros nossos, que se assinalaram nas lutas dessa época, ainda não desapareceram das crónicas orais, onde vivem iluminados por a mesma poética luz de xácaras e dos romances nacionais; e hoje ainda, nas danças e jogos que se celebram nos lugares públicos das vilas e aldeias, por ocasião das principais solenidades do ano, apraz-se a memória do povo de recordar os feitos daqueles tempos históricos por meio de simulados combates de mouros e cristãos.
Nos contos narrados em volta da lareira, onde nas longas noites de serão se reúne a família rústica, ou às rápidas horas de uma noite de Estio, na soleira da porta, ao auditório, atento que segue com os olhos a Lua em silenciosa carreira por um céu sem estrelas, avulta uma criação extremamente simpática, a das mouras encantadas, princesas formosíssimas que ficaram desses remotos tempos da Península, em paços invisíveis à espera de que lhes venha quebrar o cativeiro, soltando a palavra mágica.
Falava-se em diversos pontos das nossas províncias, com a seriedade que é própria a uma arreigada crença, de tesouros enterrados, que os Mouros por aí deixaram, na esperança de voltarem um dia a resgatá-los, e já não têm sido poucas as escavações empreendidas no ávido intuito de os descobrir.
(…)
Os chamados Fidalgos da Casa Mourisca era actualmente três. D. Luís, o pai, velho sexagenário, grave, severo e taciturno; Jorge e Maurício, os seus dois filhos, robustos e esbeltos rapazes: o mais velho dos quais, Jorge, ainda não completara vinte e tês anos.
A história daquela casa era a história sabida dos ricos fidalgos da província, que, orgulhosos e imprevidentes, deixaram, a pouco e pouco, embaraçar as propriedades com hipotecas e contratos ruinosos, desfalecer a cultura nos campos, empobrecer os celeiros, despovoar os currais, exaurir a seiva da terra, transformar longas várzeas em charnecas, e desmoronarem-se as paredes das residências e das granjas, e os muros de circunscrição das quintas.
Filho segundo de uma das mais nobres famílias da província, D. Luís fora pelos pais destinado para a carreira diplomática, na qual entrou apadrinhado e favorecido por os mais altos personagens da corte.
…
Um abraço do Ricardo
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