Segunda-feira, 3 de Outubro de 2005
A campanha continua sem surpresas, aqui como no País.
Felizmente podemos dizer que no nosso pequeno Concelho tudo se tem processado com correcção e civismo quer dos candidatos quer dos eleitores, a população em geral.
Já quanto às actividades habituais da campanha pouco mais podemos dizer do que quase tudo é como sempre, habitual.
A habitual falta de debates, de esclarecimentos objectivos e de ideias.
Há apesar de tudo uma "diferença" que devemos assinalar: os programas de 2 partidos, aliás algo parecidos quer na estrutura, quer no conteúdo, que ´marcam uma diferença para melhor em relação a anos anteriores e em relação ao outro partido, o Ps, que apresenta um fraco programa, fraco na arrumação dos assuntos e estes muito pouco imaginativos.
É uma pena pois o PS devia, no interesse da nossa comunidade, apresentar-se com uma outra força, com uma ontribuição muito mais positiva.
Quanto aos outros dois partidos há, de facto, uma certa demelhança entre os seus programas. Até na sua estruturaçaõ comoatrás já acentuei.
Coincidência?
Não tenho resposta, mas pelo menos devemos assinalar que são programas que mostram alguma profundidade, difícil num documento deste tipo (simples, curto, fácil de apreender), e um conhecimento e empenho dos/nos problemas do Concelho.
Mas, para alem da actividades normais das campanhas volto a pensar no mesmo tópico que é o da continuidade no poder.
Muitos dos nossos autarcas, pelo País fora, manteem os seus lugares há longos anos.
A nova legislação vai limitar essa continuidade, mas os seus efeitos não são imediatos ou melhor não têm efeitos "retroactivos" e assim muitos autarcas irão juntar mais 4 anos aos seus curicula somando dezenas de anos ou por lá próximo. No nosso concelho se o vencedor das eleições for o nesmo partido que gere a Câmara há 12 anos, o total de anos no poder atingirá os 16.
Não acredito que um partido ou grupo de pessoas possa manter uma qualidade de gestão, uma capaidade de inovação, uma isenção e controlo das próprias estruturas por si criadas ao longo de tantos anos.
E esta continuidade levanta ainda um outra questão: o que é que pessoas que ficam à frente de uma Autarqui durante 12. 16 , 30 ou 30 anos vão fazser quando acabarem os seus mandatos?
Vão para a reforma, vão trabalhar numa actividade privada ou vão viver das poupanças feitas?
Talvez este seja um falso problema, mas gostaria de ouvir/ler opiniões. Haverá estudos sobre esta matéria?
Poderá este "problema" criar uma dependência tal que embote qualidades senão até princípios?
AC
publicado por alcacovas às 17:18