Era este o aspecto que o refendo de 1998 proponha para o nosso país e que foi chumbado pelos portugueses.
O referendo tinha duas perguntas:
1ª) Concorda com a instituição em concreto das regiões administrativas?
Os resultados a nível nacional foram:
Sim: 36,49%
Não: 63,51%
Os resultados no Alentejo foram:
Sim: 53,85%
Não: 46,15%
2ª) Concorda com a instituição em concreto da região administrativa da sua área de recenseamento eleitoral?
Os resultados a nível nacional foram:
Sim: 36,08%
Não: 63,92%
Os resultados no Alentejo foram:
Sim: 50,64%
Não: 49,36%
Penso que estes resultados falam por si e mostram o descontentamento dos Alentejanos em relação a distribuição do poder político/administrativo/económico que existia e que existe no nosso país.
A prova do descontentamento dos alentejanos esta nos resultados do referendo de 1998, sendo no Alentejo o único local onde ganhou o Sim a regionalização. Mas pelos vistos este resultado não quis dizer nada a classe política uma vez que passados sete anos após o dito referendo o Alentejo continua a ser a região mais esquecida do país.
Mesmo tendo ganho o NÃO, não deveríamos senhores políticos perderem um pouco do seu tempo a tentarem perceber o porquê dos alentejanos querem a regionalização?
Não deveriam os portugueses em geral perceber que este não foi um Grito do Ipiranga por parte dos alentejanos mas sim um grito como que a dizer Olhem para nós! Nós também existimos! Nós também somos portugueses!
rmgv
De Anónimo a 1 de Fevereiro de 2006 às 16:20
O artigo do RV é oportuno e, passados mais de 7 anos, permite repensar o nosso próprio voto em 1998 com aquilo que eventualmente votariamos hoje. Mas numa coisa não concordo, que é com a análise "separatista" do RV.
Este problema da regionalização tem que ser visto a nível global. Pior ou melhor a divisão do País em regiões administrativas tem que ter em conta os diversos interesses, no melhor sentido, quer do meu "território" quer os dos meus vizinhos. Esta divisão pode ser clara/óbvia a Sul, mas a Norte e a Oeste temos muito que discutir/analisar.
Os concelhos a sul do Tejo, do Distrito de Santarem devem pertencer a uma eventual Região Alentejo ou não?
E a zona Sul da Beira e o Alto Alentejo?
E os concelhos "alentejanos" do Distrito de Setúbal?
Mas acima de tudo temos que estudar o tipo /grau
de autonomia desejado e viável, a composição e escolha/eleição dos seus orgãos de poder, etc.
E, na minha opinião pôr de lado os "interesses" partidários.
Procurar as melhores soluções para a regionalização, mas sempre com um olho os partidos.
A continuar...
AC
André Avô
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(mailto:raco93@yahoo.ie)
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