Quarta-feira, 30 de Março de 2011

Como se gasta o nosso dinheiro

 Estudo do Economista Álvaro Santos Pereira, Professor da Simon Fraser University, no Canadá.

 

* Portugal tem hoje 349 Institutos Públicos, dos quais 111 não pertencem ao sector da Educação.

Se descontarmos também os sectores da Saúde e da Segurança Social, restam ainda 45 Institutos com as mais diversas funções.

Há ainda a contabilizar perto de 600 organismos públicos, incluindo Direcções Gerais e Regionais, Observatórios, Fundos diversos, Governos Civis, etc.) cujas despesas podiam e deviam ser reduzidas, ou em alternativa – que parece ser mais sensato – os mesmos serem pura e simplesmente extintos.

Para se ter uma noção do despesismo do Estado, atentemos apenas nos supra-citados Institutos, com funções diversas, muitos dos quais nem se percebe bem para o que servem.

Veja-se então as transferências feitas em 2010 pelo governo socialista de Sócrates para estes organismos:

 ORGANISMOS DESPESA (em milhões de €)

Cinemateca Portuguesa 3,9

Instituto Português de Acreditação 4,0

Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos 6,4

Administração da Região Hidrográfica do Alentejo 7,2

 Instituto de Infra Estruturas Rodoviárias 7,4

 Instituto Português de Qualidade 7,7

Administração da Região Hidrográfica do Norte 8,6

Administração da Região Hidrográfica do Centro 9,4

 Instituto Hidrográfico 10,1 Instituto do Vinho do Douro 10,3

Instituto da Vinha e do Vinho 11,5

Instituto Nacional da Administração 11,5

Alto Comissariado para o Diálogo Intercultural 12,3

Instituto da Construção e do Imobiliário 12,4

Instituto da Propriedade Industrial 14,0

Instituto de Cinema e Audiovisual 16,0

 Instituto Financeiro para o Desenvolvimento Regional 18,4

Administração da Região Hidrográfica do Algarve 18,9

Fundo para as Relações Internacionais 21,0

Instituto de Gestão do Património Arquitectónico 21,9

Instituto dos Museus 22,7 Administração da Região Hidrográfica do Tejo 23,4

Instituto de Medicina Legal 27,5

Instituto de Conservação da Natureza 28,2

 Laboratório Nacional de Energia e Geologia 28,4

 Instituto de Gestão do Fundo Social Europeu 28,6

 Instituto de Gestão da Tesouraria e Crédito Público 32,2

Laboratório Militar de Produtos Farmacêuticos 32,2

Instituto de Informática 33,1

Instituto Nacional de Aviação Civil 44,4

Instituto Camões 45,7

Agência para a Modernização Administrativa 49,4

 Instituto Nacional de Recursos Biológicos 50,7

Instituto Portuário e de Transportes Marítimos 65,5

Instituto de Desporto de Portugal 79,6

Instituto de Mobilidade e dos Transportes Terrestres 89,7

 Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana 328,5

 Instituto do Turismo de Portugal 340,6 Inst.

Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação 589,6

 Instituto de Gestão Financeira 804,9

Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas 920,6

Instituto de Emprego e Formação Profissional 1.119,9 TOTAL......................... 5.018,4

- Se se reduzissem em 20% as despesas com este – e apenas estes – organismos, as poupanças rondariam os 1000 milhões de €, e, evitava-se a subida do IVA.

- Se fossem feitas fusões, extinções ou reduções mais drásticas a poupança seria da ordem dos 4000 milhões de €, e não seriam necessários cortes nos salários.

- Se para além disso mais em outros tantos Institutos se procedesse de igual forma, o PEC 3 não teria sequer razão de existir.

 

AC

publicado por alcacovas às 12:34
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Domingo, 27 de Março de 2011

Quando estado (continua) dá maus exemplos

Artigo hoje publicado no DN, diário de tendência socialista.

 

Lê-se e fica-se incrédulo.

Na véspera do chumbo do PEC IV no Parlamento, e já com a crise política provocada pela demissão do primeiro-ministro a adivinhar-se, foi publicado em Diário da República o decreto-lei que autoriza várias entidades públicas a aumentarem exponencialmente os valores dos contratos que podem fazer por ajuste directo, sem concurso público.

As novas regras, promulgadas pelo Presidente a 1 de Março e que entram em vigor já a 1 de Abril, permitem que o primeiro-ministro possa entregar directamente contratos públicos de 11,2 milhões de euros, quando antes só podia autorizar 7,5 milhões. Os valores autorizados aos ministros passam de 3,75 para 5,6 milhões, os dos autarcas de 150 para até 900 mil e os dos directores--gerais de 100 para 750 mil.

Numa época de crise absoluta, em contenção orçamental, quando se conhecem medidas cada vez mais draconianas para controlar as despesas do Estado, a justificação do Ministério das Finanças não pode ser aceitável: uma "actualização dos montantes dos limites da autorização da despesas" que se mantinham desde 99.

O que está aqui em causa, muito mais que existir ou não razoabilidade para a medida - e, no caso concreto, nem sequer se percebe que a haja -, são as suas consequências e a imagem que ela dá.

 Autorizar despesas deste género e deste valor sem qualquer escrutínio ou controlo (sendo que é possível fraccionar obras e quintuplicar montantes) é, dada a condição humana, um estímulo, no mínimo, ao despesismo. Mas é, também, um convite à desconfiança dos cidadãos.

Quando o que se pede é que o Estado dê o exemplo, surgem actos completamente inversos. Um péssimo sinal.

 

AC

publicado por alcacovas às 17:47
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Criatividade espectacular.

Existe uma empresa alemã "Your Style Garage" que cria cartazes para portas de garagem.

Vejam o efeito.

 

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Retirado da Net.

Editado por António Costa da Silva

publicado por alcacovas às 13:12
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Sábado, 26 de Março de 2011

Uma Semana Turbulenta

No espaço curto de oito dias ocorreram uma série de factos com fortes implicações no nosso futuro imediato. Uma coisa é certa, a velocidade dos novos tempos é alucinante e ninguém a consegue controlar.

 

Em apenas uma semana tivemos os seguintes desenvolvimentos políticos: 1) Discurso arrasador do Presidente da República para com a governação; 2) Apresentação antecipada do PEC 4 por parte do Governo, sem quaisquer negociações com os partidos da oposição e parceiros sociais; 3) Recusa do principal partido da oposição em aceitar as medidas injustas apresentadas pelo Governo; 4) Manifestação espontânea com cerca de 300.000 pessoas contra a incapacidade política de se resolverem os principais problemas do País; 5) Ameaça de demissão do Primeiro-Ministro português, caso se vote contra as medidas austeras do PEC 4 no Parlamento.

 

Perante estes 5 factos políticos dá para perceber com facilidade que estamos perante uma conjuntura política muito complexa. Mas existe um mínimo denominador comum para todos estes acontecimentos: A incapacidade política do governo português em resolver os graves problemas que criou aos portugueses.

 

É verdade que a conjuntura internacional em nada tem ajudado a resolver os principais problemas nacionais, mas também é verdade que, depois de inúmeras medidas de austeridade implementadas e que afectam grande parte dos portugueses, não se sentem quaisquer efeitos positivos na economia e sociedade portuguesa. Antes pelo contrário, apesar do optimismo irrealista do Governo, sabemos que a situação económica e social vai agravar-se ainda muito mais. É reconhecido pelo Banco de Portugal que o nosso País vai ter uma recessão de -2%, enquanto que o Governo diz que vamos crescer cerca de 0,2%. Existem perspectivas que o desemprego vai atingir os 800.000 desempregados, enquanto que o Governo diz que a situação está plenamente controlada. Na prática, o Governo continua teimosamente com uma perspectiva contrária àqueles lhes tentam ajudar a encontrar soluções para o País.

 

Os avisos à navegação têm sido muitos. No entanto, o Governo não abre mão de uma visão que não parece ser a mais adequada para resolver os problemas do País.

 

A mensagem do Presidente da República foi dura, mas realista. O Governo e o partido que o sustenta, como é hábito, fizeram “ouvidos de mercador” e correram a protestar contra a opinião do mais alto magistrado da nação. Nem um pouco de humildade se ouviu sobre o assunto.

 

A antecipação das novas medidas de austeridade que irão sustentar o PEC 4, foi o descalabro completo. Sem respeito pelos intervenientes directos no processo: Presidente da República, Parlamento Português e Parceiros Sociais, o Governo decidiu sozinho o que considera melhor para Portugal. Na realidade, este anúncio provocatório só poderia ter um objectivo central: Promover uma crise política em Portugal.

 

Como é hábito, o Governo vai sustentar esta posição numa linha de ameaça e de vitimização. Aliás, já o está a fazer. Quando ameaça demitir-se caso seja votado contra, no Parlamento, as propostas para o futuro PEC 4 (grande parte delas desconhecidas), está a assumir claramente essa posição. Também sabemos que vai vitimizar-se, dizendo que são os únicos que “remam contra a maré”. Sabemos irão fazer assim.

 

Na prática, suscitam-me algumas questões sobre estas matérias:

1)      Tendo em conta a “importância” das medidas apresentadas, faz algum sentido o Governo não ter dado a conhecer e auscultado os principais responsáveis políticos e parceiros sociais do País?

2)      Se são da competência e responsabilidade do Governo porque é que estas medidas têm que ser revertidas no PEC 4?

3)      Afinal são intenções ou compromissos? Onde ficamos?

4)      Medidas que implicam o congelamento das reformas mais baixas dos pensionistas portugueses fazem algum sentido?

5)      Onde está a justiça e politica social tão apregoada e propagandeada por este Governo?

 

Por estas razões e muitas outras, não me parece razoável continuar a passar “cheques em branco” ao Governo português. Falta de oportunidades para aplicar medidas correctivas não têm faltado. Basta lembrar da viabilização do PEC 3 e do Orçamento de Estado para 2011.

 

Este clima de desconfiança e descrença no futuro existente, sobretudo nas camadas mais jovens, são reflexo das políticas económicas e sociais vigentes. Temos vivido um contexto de aplicação, por parte de muitos dos nossos políticos, de políticas económicas e financeiras altamente conservadoras, que jamais poderão ajudar a inverter a situação com que nos confrontamos. O modelo está errado e tem que ser alterado.

 

Sobre essa matéria falaremos brevemente.

 

António Costa da Silva

 

Publicado no do dia 24/03/2011

 

publicado por alcacovas às 13:45
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A culpa é sempre dos outros - E o burrou sou eu!?

 

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Editado por António Costa da Silva

publicado por alcacovas às 12:44
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Sexta-feira, 25 de Março de 2011

BBB

http://www.finanznachrichten.de/nachrichten-2011-03/19742848-s-p-lowers-ratings-on-portugal-to-bbb-watch-negative-remains-020.htm

 

Ricardo Miguel Vinagre

publicado por alcacovas às 00:30
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Quarta-feira, 23 de Março de 2011

23 de Março de 2011

23 de Março de 2011, dia em que caiu o governo liderado por José Sócrates. Deixando um país à beira do abismo do ponto de vista de sustentabilidade financeira (hoje mesmo os juros da dívida pública atingiram 8,2%). Deixa também um país com um nível de desemprego dos mais elevados de sempre.

Portugal é hoje é um país mais pobre do que quando Sócrates assumiu o poder. Pior que tudo é um país cinzento, com uma sigla (FMI) no horizonte. No entanto, julgo que nenhum português desejava as eleições, no entanto, tanto estas como uma intervenção externa são cada vez mais necessárias. As eleições já são certas, quanto à intervenção do fundo monetário internacional deverá estar para breve.

Os sacrifícios que vão ser pedidos aos portugueses, irão ser de certo maiores nos próximos tempos, mas sem dúvida necessários para o equilíbrio das contas públicas do nosso país.

Caso para dizer, que este governo parte sem deixar saudades!

 

Ricardo Vinagre

publicado por alcacovas às 23:05
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José Sócrates demite-se do cargo de Primeiro Ministro

      

Fotografia retirada do sapo  

  

Esta noite o nosso Primeiro Ministro pede a demissão e explica ao país as razões que o levam a tomar essa decisão.

 

Numa declaração curta e clara, explica José Sócrates aquilo que tem estado à vista de todos os portugueses:

- uma oposição que não colabora na governação, com pouco sentido de responsabilidade e pouco consciente das consequências que esta luta pelo poder trará para todos nós;

- abertura total do governo para a discussão e ponderação de medidas apresentadas para que o parlamento em conjunto pudesse mostrar maior credebilidade na Europa e nos mercados financeiros;

- grandes dificuldades no futuro, graças à instabilidade política gerada.

 

Prometem-se esclarecimentos e culpabilizações num debate que se espera acesso e rico nas eventuais eleições que se seguem. Esperamos também que o debate seja enriquecido com estratégias e ideias que venham ao encontro daquilo que o país necessita, contrariando o que tem vindo a acontecer no parlamento por parte da oposição. Certamente não necessitaremos de uma política que apenas venha lamentar o que está para trás.

  

B. Borges

publicado por alcacovas às 22:06
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Terça-feira, 22 de Março de 2011

VI Passeio a Cavalo

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Enviado para Divulgação

 

Editado por António Costa da Silva

publicado por alcacovas às 21:15
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O PEC IV

A questão levantada por causa do PEC IV é apenas mais um "parágrafo" na história do actual governo. O que está em causa não é (só) o dito documento e a forma como foi apresentado na UE. De degrau em degrau, sempre a descer, este governo ficará na história da nossa Republica, pós 25 de Abril, como o maior desastre social e económico destes anos.

Mesmo dando algum desconto pelo efeito real da crise internacional, é evidente que a "nossa" crise esteva a crescer e foi potenciada pelo efeito exterior.

O páis esstá de rastos em termos materiais e anímicos. Estamos cansados, desiludidos, quase sem capacidade de reacção.

Mesmo a geração à rasca foi quase um passeio bucólico, quase alegre, foi bonito, mas pouco mais do que incongruente.

Somos gente pacífica... ou vencidos da vida?

O governo que nos desgoverna insiste numa manutenção do poder (tão querido), mas começa a ceder. Quer negociar, mas só agride, afasta os possíveis parceiros. As mentiras continuam a ser a imagem do marketing político deste governo.

Continuamos sem saber o que realmente se passa na governação. Continuamos a não acreditar nos números que nos dão. Continuamos sem saber realmente quanto é que vamos ter que pagar nos próximos anos., sem saber quanto nos custa financiar a máquina pública. Não sabemos como é que vamos aumentar o PIB de forma a poder pagar o que devemos.

Continuamos a ter um estado pesado (insuportável), intocável.

A situação a que chegámos já não se resolve com habilidades financeiras, nem com cortes nos custos do estado social.

Sem reformas profundas quer do aparelho do estado, quer dos próprios partidos não conseguiremos mudar esta vil tristeza que nos afoga.

Ou reformamos toda a nossa sociedade, desde os partidos até ao estado, em todas as suas competências, ou fechamos a porta e alugamos o país aos chineses.

Mas. apesar de tudo, ainda confio, não em mim que estou velho, mas sim nos meus filhos e nos meus netos.

E vocês?

 

AC

publicado por alcacovas às 16:55
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Sábado, 19 de Março de 2011

Manifesto Anti-Dantas

 

Basta pum basta!!!

Uma geração que consente deixar-se representar por um Dantas é uma geração que nunca o foi. É um coio d'indigentes, d'indignos e de cegos! É uma resma de charlatães e de vendidos, e só pode parir abaixo de zero!

Abaixo a geração!

Morra o Dantas, morra! Pim!

Uma geração com um Dantas a cavalo é um burro impotente!

Uma geração com um Dantas ao leme é uma canoa em seco!

O Dantas é um cigano!

O Dantas é meio cigano!

O Dantas saberá gramática, saberá sintaxe, saberá medicina, saberá fazer ceias pra cardeais, saberá tudo menos escrever que é a única coisa que ele faz!

O Dantas pesca tanto de poesia que até faz sonetos com ligas de duquesas!

O Dantas é um habilidoso!

O Dantas veste-se mal!

O Dantas usa ceroulas de malha!

O Dantas especula e inocula os concubinos!

O Dantas é Dantas!

O Dantas é Júlio!

Morra o Dantas, morra! Pim!

O Dantas fez uma soror Mariana que tanto o podia ser como a soror Inês ou a Inês de Castro, ou a Leonor Teles, ou o Mestre d'Avis, ou a Dona Constança, ou a Nau Catrineta, ou a Maria Rapaz!

E o Dantas teve claque! E o Dantas teve palmas! E o Dantas agradeceu!

O Dantas é um ciganão!

Não é preciso ir pró Rossio pra se ser pantomineiro, basta ser-se pantomineiro!

Não é preciso disfarçar-se pra se ser salteador, basta escrever como o Dantas! Basta não ter escrúpulos nem morais, nem artísticos, nem humanos! Basta andar com as modas, com as políticas e com as opiniões! Basta usar o tal sorrisinho, basta ser muito delicado, e usar coco e olhos meigos! Basta ser Judas! Basta ser Dantas!

Morra o Dantas, morra! Pim!

O Dantas nasceu para provar que nem todos os que escrevem sabem escrever!

O Dantas é um autómato que deita pra fora o que a gente já sabe o que vai sair... Mas é preciso deitar dinheiro!

O Dantas é um soneto dele-próprio!

O Dantas em génio nem chega a pólvora seca e em talento é pim-pam-pum.

O Dantas nu é horroroso!

O Dantas cheira mal da boca!

Morra o Dantas, morra! Pim!

O Dantas é o escárnio da consciência!

Se o Dantas é português eu quero ser espanhol!

O Dantas é a vergonha da intelectualidade portuguesa!

O Dantas é a meta da decadência mental!

E ainda há quem não core quando diz admirar o Dantas!

E ainda há quem lhe estenda a mão!

E quem lhe lave a roupa!

E quem tenha dó do Dantas!

E ainda há quem duvide que o Dantas não vale nada, e que não sabe nada, e que nem é inteligente, nem decente, nem zero!

Vocês não sabem quem é a soror Mariana do Dantas? Eu vou-lhes contar:

A princípio, por cartazes, entrevistas e outras preparações com as quais nada temos que ver, pensei tratar-se de soror Mariana Alcoforado a pseudo autora daquelas cartas francesas que dois ilustres senhores desta terra não descansaram enquanto não estragaram pra português, quando subiu o pano também não fui capaz de distinguir porque era noite muito escura e só depois de meio acto é que descobri que era de madrugada porque o bispo de Beja disse que tinha estado à espera do nascer do Sol!

A Mariana vem descendo uma escada estreitíssima mas não vem só, traz também o Chamilly que eu não cheguei a ver, ouvindo apenas uma voz muito conhecida aqui na Brasileira do Chiado. Pouco depois o bispo de Beja é que me disse que ele trazia calções vermelhos.

A Mariana e o Chamilly estão sozinhos em cena, e às escuras, dando a entender perfeitamente que fizeram indecências no quarto. Depois o Chamilly, completamente satisfeito, despede-se e salta pela janela com grande mágoa da freira lacrimosa. E ainda hoje os turistas têm ocasião de observar as grades arrombadas da janela do quinto andar do Convento da Conceição de Beja na Rua do Touro, por onde se diz que fugiu o célebre capitão de cavalos em Paris e dentista em Lisboa.

A Mariana que é histérica começa a chorar desatinadamente nos braços da sua confidente e excelente pau de cabeleira soror Inês.

Vêm descendo pla dita estreitíssima escada, várias Marianas, todas iguais e de candeias acesas, menos uma que usa óculos e bengala e ainda toda curvada prá frente o que quer dizer que é abadessa.

E seria até uma excelente personificação das bruxas de Goya se quando falasse não tivesse aquela voz tão fresca e maviosa da Tia Felicidade da vizinha do lado. E reparando nos dois vultos interroga espaçadamente com cadência, austeridade e imensa falta de corda... Quem está aí?... E de candeias apagadas?

- Foi o vento, dizem as pobres inocentes varadas de terror... E a abadessa que só é velha nos óculos, na bengala e em andar curvada prá frente manda tocar a sineta que é um dó d'alma o ouvi-la assim tão debilitada. Vão todas pró coro, mas eis que, de repente, batem no portão sem se anunciar nem limpar-se da poeira, sobe a escada e entra plo salão um bispo de Beja que quando era novo fez brejeirices com a menina do chocolate.

Agora completamente emendado revela à abadessa que sabe por cartas que há homens que vão às mulheres do convento e que ainda há pouco vira um de cavalos a saltar pla janela. A abadessa diz que efectivamente já há tempos que vinha dando pela falta de galinhas e tão inocentinha, coitada, que naqueles oitenta anos ainda não teve tempo pra descobrir a razão da humanidade estar dividida em homens e mulheres. Depois de sérios embaraços do bispo é que ela deu com o atrevimento e mandou chamar as duas freiras de há pouco com as candeias apagadas. Nesta altura esta peça policial toma uma pedaço d'interesse porque o bispo ora parece um polícia de investigação disfarçado em bispo, ora um bispo com a falta de delicadeza de um polícia d'investigação, e tão perspicaz que descobre em menos de meio minuto o que o público já está farto de saber - que a Mariana dormiu com o Noel. O pior é que a Mariana foi à serra com as indiscrições do bispo e desata a berrar, a berrar como quem se estava marimbando pra tudo aquilo. Esteve mesmo muito perto de se estrear com um par de murros na coroa do bispo no que se mostrou de um atrevimento, de uma insolência e de uma decisão refilona que excedeu todas as expectativas.

Ouve-se uma corneta tocar uma marcha de clarins e Mariana sentindo nas patas dos cavalos toda a alma do seu preferido foi qual pardalito engaiolado a correr até às grades da janela gritar desalmadamente plo seu Noel. Grita, assobia e rodopia e pia e rasga-se e magoa-se e cai de costas com um acidente, do que já previamente tinha avisado o público e o pano cai e o espectador também cai da paciência abaixo e desata numa destas pateadas tão enormes e tão monumentais que todos os jornais de Lisboa no dia seguinte foram unânimes naquele êxito teatral do Dantas.

A única consolação que os espectadores decentes tiveram foi a certeza de que aquilo não era a soror Mariana Alcoforado mas sim uma merdariana-aldantascufurado que tinha cheliques e exageros sexuais.

Continue o senhor Dantas a escrever assim que há-de ganhar muito com o Alcufurado e há-de ver que ainda apanha uma estátua de prata por um ourives do Porto, e uma exposição das maquetes pró seu monumento erecto por subscrição nacional do "Século" a favor dos feridos da guerra, e a Praça de Camões mudada em Praça Dr. Júlio Dantas, e com festas da cidade plos aniversários, e sabonetes em conta "Júlio Dantas" e pasta Dantas prós dentes, e graxa Dantas prás botas e Niveína Dantas, e comprimidos Dantas, e autoclismos Dantas e Dantas, Dantas, Dantas, Dantas... E limonadas Dantas- Magnésia.

E fique sabendo o Dantas que se um dia houver justiça em Portugal todo o mundo saberá que o autor de Os Lusíadas é o Dantas que num rasgo memorável de modéstia só consentiu a glória do seu pseudónimo Camões.

E fique sabendo o Dantas que se todos fossem como eu, haveria tais munições de manguitos que levariam dois séculos a gastar.

Mas julgais que nisto se resume literatura portuguesa? Não Mil vezes não!

Temos, além disto o Chianca que já fez rimas prá Aljubarrota que deixou de ser a derrota dos Castelhanos pra ser a derrota do Chianca.

E as pinoquices de Vasco Mendonça Alves passadas no tempo da avózinha! E as infelicidades de Ramada Curto! E o talento insólito de Urbano Rodrigues! E as gaitadas do Brun! E as traduções só pra homem do ilustríssimos excelentíssimo senhor Mello Barreto! E o frei Matta Nunes Moxo! E a Inês Sifilítica do Faustino! E as imbecelidades do Sousa Costa! E mais pedantices do Dantas! E Alberto Sousa, o Dantas do desenho! E os jornalistas do Século e da Capital e do Notícias e do Paiz e do Dia e da Nação e da República e da Lucta e de todos, todos os jornais! E os actores de todos os teatros! E todos os pintores das Belas-Artes e todos os artistas de Portugal que eu não gosto. E os da Águia do Porto e os palermas de Coimbra! E a estupidez do Oldemiro César e o Dr. José de Figueiredo Amante do Museu e ah oh os Sousa Pinto hu hi e os burros de cacilhas e os menos do Alfredo Guisado! E (o) raquítico Albino Forjaz de Sampaio, crítico da Lucta a quem Fialho com imensa piada intrujou de que tinha talento! E todos os que são políticos e artistas! E as exposições anuais das Belas-Arte(s)! E todas as maquetas do Marquês de Pombal! E as de Camões em Paris; e os Vaz, os Estrela, os Lacerda, os Lucena, os Rosa, os Costa, os Almeida, os Camacho, os Cunha, os Carneiro, os Barros, os Silva, os Gomes, os velhos, os idiotas, os arranjistas, os impotentes, os celerados, os vendidos, os imbecis, os párias, os ascetas, os Lopes, os Peixotos, os Motta, os Godinho, os Teixeira, os Câmara, os diabo que os leve, os Constantino, os Tertuliano, os Grave, os Mântua, os Bahia, os Mendonça, os Brazão, os Matos, os Alves, os Albuquerques, os Sousas e todos os Dantas que houver por aí!!!!!!!!!

E as convicções urgentes do homem Cristo Pai e as convicções catitas do homem Cristo Filho!...

E os concertos do Blanch! E as estátuas ao leme, ao Eça e ao despertar e a tudo! E tudo o que seja arte em Portugal! E tudo! Tudo por causa do Dantas!

Morra o Dantas, morra! Pim!

Portugal que com todos estes senhores conseguiu a classificação do país mas atrasado da Europa e de todo o Mundo! O país mais selvagem de todas as Áfricas! O exílio dos degredados e dos indiferentes! A África reclusa dos europeus! O entulho das desvantagens e dos sobejos! Portugal inteiro há-de abrir os olhos um dia - se é que a sua cegueira não é incurável e então gritará comigo, a meu lado, a necessidade que Portugal tem de ser qualquer coisa de asseado!

Morra o Dantas, morra! Pim!

 

Editado por António Costa da Silva

publicado por alcacovas às 12:47
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Humor

Pergunta a Professora:

- Joãozinho, sabe a quem é que se deve o pinhal de Leiria?

- Ó s'tora, então essa merda também não está paga?!

 

Editado por António Costa da Silva

publicado por alcacovas às 12:06
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Quarta-feira, 16 de Março de 2011

O Ziguezaguear das Finanças Públicas

Há poucas semanas foi anunciado com pompa e circunstância uma redução do défice das contas públicas em 58,6%, fixando-se em 281,8 milhões no mês de Janeiro. Como é evidente estávamos a falar de períodos homólogos.

 

Naquele momento achei muito estranho aquele anúncio, ainda por cima logo em Janeiro. Provavelmente estava a acontecer algo de extraordinário no nosso País e não me estava a aperceber!

 

È claro! Houve logo quem me questionasse sobre os “brilhantes” resultados apresentados. Apenas fiz um pequeno comentário: vamos esperar meia dúzia de dias para confirmar que os resultados devem ser totalmente ao contrário e que poderia haver algo escondido naquela informação. Para ser realista, estava plenamente convencido que até poderiam existir algumas justificações pontuais para aquela questão (aumento das vendas dos carros em finais de 2011 devido à alteração do IVA, compras de Natal, etc), mas era uma perda de tempo estar a explicar o que não podia ser explicado.

 

Ainda assim, pareceu-me estranho, alguns responsáveis políticos tentarem justificar aqueles dados. Uns referiam que aqueles valores foram realizados à custa dos trabalhadores, outros que era devido ao aumento de impostos e de receitas extraordinárias, outros devido às custas da destruição da classe média.....Perda de tempo tentar justificar o que não pode ser justificado.

 

Não é necessário ser Zandinga para adivinhar o que se passaria de seguida. Tudo foi claramente explicado e afinal só mesmo a Alice vive no País das Maravilhas.

 

Recentemente, foi anunciado pelo Governo Português (antes da visita à Chanceler Merkel) que poderão ser necessárias medidas restritivas extraordinárias, caso não se estejam a atingir os valores estimados do défice e das contas públicas. Algumas leituras podem ser feitas sobre este anúncio: Por um lado, existe uma grande incerteza por parte do Estado Português em atingir as metas económicas e financeiras propostas no Orçamento de Estado para 2011. Por outro, pretenderam enviar um “recado” para a Sra. Merkel e União Europeia, dando a entender que Portugal está a fazer um esforço enorme para cumprir os referidos objectivos, mas necessita urgentemente de uma ajuda financeira muito forte.

 

Todas estas informações são paradoxais. Aparentemente, o Governo português quer mostrar que está a conseguir obter resultados “muito positivos” no que respeita às contas públicas (apesar de já ter sido demonstrado que não é isso que está acontecer). Ao mesmo tempo, os nossos governantes conseguem desmentir-se a si próprios, dando a conhecer a impossibilidade de se cumprir as metas propostas. De outra forma, até podem conseguir atingir as metas, mas terão que “rasgar” imediatamente um orçamento de Estado que apenas tem dois meses de vida.

 

Estas apresentações “exploratórias e experimentais” significam que os portugueses vão ter que “apertar ainda mais o cinto”, mas com uma agravante, estas informações contraditórias nada ajudam a estabilizar os mercados financeiros. Quem financia este País vai acreditar no quê? O aumento da desconfiança é uma certeza!

 

Então o que é que vai acontecer? Com mais medidas restritivas, vamos ter menos rendimento disponível, logo menos consumo. Como vai haver menos consumo, vamos ter menos investimento. Menos investimento significa menos emprego. Pior não pode ser.

 

Significa precisamente que estamos a fazer tudo ao contrário, ou seja, somos conduzidos para um beco sem saída, onde apenas vai perdurar uma recessão sem limites.

 

Depois!? Só um milagre nos salvará!

 

António Costa da Silva

 

Publicado no do dia 10/03/2011

publicado por alcacovas às 23:49
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Terça-feira, 15 de Março de 2011

Alfebre do Mato Colheita Particular de 1937

Boa tarde meus caros Srs.


Fico satisfeito de ver alguém que conhece estas relíquias. Eu tenho uma de 37 e outra de 38, que foi o meu avô que mas deu quando fizeram as obras da casa dos reformados em Alcáçovas. Como filho da terra fico satisfeito pelas ter, mesmo sabendo que não temos tradições vínicas.


O proprietário era o Sr. Beja. Segundo o meu avô a uva vinha da zona de Alcácer, as parelhas de bois ficavam a pernoitar em vale de tanques e de manhã seguiam para as terras.


Fico satisfeito em poder partilhar estas informações pois estando ligado á gastronomia é sempre o casamento perfeito.



Celestino Grave

 

Comentário no Blog

 

Editado por António Costa da Silva

publicado por alcacovas às 22:18
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Quinta-feira, 10 de Março de 2011

Alfebre do Mato Colheita Particular de 1937

Quem é que tem uma pinga destas em Alcáçovas?

 

Alca%C3%A7ovas

 

É uma relíquia. Coisa que não conhecia. Um vinho branco, alentejano, datado de 1937. Basicamente uma curiosidade. O vinho, em si, é procedente de uma zona alentejana, Alcáçovas, sem grandes tradições, que eu saiba, na feitura de vinho. Só por este facto, merece alguma atenção por parte dos enófilos.
 
O líquido, esse, mantinha-se na garrafa, não foi provado. Eventualmente, seria uma experiência desoladora, capaz de quebrar, com demasiada facilidade, o simbolismo do objecto, reduzindo-o meramente a algo sem vida, sem cor, sem cheiro e sem interesse. Manteve-se, por isso, fechado, para que o misticismo perdure pelo tempo. Fica a foto.
 
Visto no http://pingasnocopo.blogspot.com
 
Editado por António Costa da Silva
publicado por alcacovas às 23:05
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Grandes Verdades (Para os homens e para as mulheres).

As calorias são pequenos animais que moram nos roupeiros e que durante a noite apertam a roupa das pessoas.
Os problemas do nosso país são essencialmente agrícolas: excesso de nabos; falta de tomates e muito grelo abandonado.

O trabalho fascina-me tanto que às vezes, fico parado a olhar para ele.
O Casamento é um relacionamento a dois, no qual uma das pessoas está sempre certa e a outra é o marido.

A mulher está sempre ao lado do homem, para o que der e vier;

Já o homem, está sempre ao lado da mulher que vier e der. Se fores chata as tuas amigas, perdoam; Se fores agressiva as tuas amigas, perdoam; Se fores egoísta as tuas amigas, perdoam; Agora experimenta ser magra e linda! Tás lixada!

O amor é como a gripe, apanha-se na rua, resolve-se na cama!

A falta de sexo provoca amnésia e outras merdas que agora não me lembro...

Portugal é um país geométrico: é rectangular e tem problemas bicudos, discutidos em mesas redondas, por bestas-quadradas!
A diferença entre Portugal e a República Checa é que esta tem o governo em Praga, Portugal tem a praga no governo.

Não procures o príncipe encantado. Procura, antes, o lobo mau: ouve-te melhor; vê-te melhor e ainda te come.

Toda a gente se queixa de assédio sexual no local de trabalho.  Ou isto começa a ser verdade  ou então despeço-me!!!

A mulher do amigo é como a bota da tropa; também marcha!

O cérebro é um órgão maravilhoso. Começa a trabalhar logo que acordamos e só pára quando chegamos ao serviço.
O teu computador é como uma carroça: tem sempre um burro à frente!!!

Os trabalhadores mais incapazes são sistematicamente promovidos para o lugar onde possam causar menos danos: a chefia.

Qual a diferença entre uma dissolução e uma solução? Uma dissolução seria meter um político num tanque de ácido para que se dissolva. Uma solução seria metê-los a todos.

Chocolate não engorda, quem engorda é você.

 

Recebido no mail

Editado por António Costa da Silva

publicado por alcacovas às 22:54
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Terça-feira, 8 de Março de 2011

Mulher

Detalhes da citaçãoAs mulheres muitíssimo belas surpreendem menos no dia seguinte.

 

Stendhal

 

Editado por António Costa da Silva

publicado por alcacovas às 13:29
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Geração à rasca

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Retirado do Henry Cartoon

 

Editado por António Costa da Silva

publicado por alcacovas às 12:44
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"XVII CORSO CARNAVALESCO" - ALCÁÇOVAS

ajalcartaz

 

Editado por António Costa da Silva

publicado por alcacovas às 12:37
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Segunda-feira, 7 de Março de 2011

Novidades sobre o património do concelho

 

 

Depois de tantos e tantos atrasos, parece que, pelo menos há vontade por parte do Ministério da Cultura em ultimar os procedimentos de classificação de bens imóveis propostos para tal fim. O seguinte despacho permite a prorrogação do prazo para esse efeito até final do presente ano. Oxalá se concretize o processo de validação dos imóveis em causa!

 

 

Visto que ainda não tinha escrito no blogue no presente ano, aproveito para, tardiamente,desejar a todos os nossos leitores, um excelente 2011!!

 

Cumprimentos,

 

Frederico Nunes de Carvalho

publicado por alcacovas às 03:02
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Publicado por:

André Correia (AC); António Costa da Silva; Bruno Borges; Frederico Nunes de Carvalho; Luís Mendes; Ricardo Vinagre.

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