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Os primeiros passos para a construção de um mundo económico terão sido dados entre lavradores ou caçadores que trocavam aquilo que tinham a mais (produziam) por aquilo que precisavam (que não produziam).
Ao longo de milhares de anos os processos de “troca” tornaram-se muitíssimos complexos e espalharam-se por todo o mundo.
Mas, apesar de todo o enorme progresso, não se esqueceram os tempos e as práticas da troca.
Por aqui e por ali vamos tendo notícia de exemplos de práticas de troca que não serão tanto, nem só, actos de evocação, mas também uma adaptação de velhos costumes para resolver necessidades actuais de forma simples, eficiente e até divertida.
Pensando num caso concreto ocorrido aqui nas Alcáçovas ponho a questão:
Porque não criar entre nós, aqui na nossa Vila, um “mercado” de trocas.
Por mercado entenda-se todo um espaço sem limites. O mercado seriam todos os que e quando quisessem recorrer à troca procurassem outras pessoas interessada no “negócio”.
Eu posso prestar um serviço a outras pessoas que me compensam com a oferta de alguma coisa que tenham ou produzam, uns ovos, um bolo ou um molho de espargos.
Eu posso trocar uma máquina de lavar pequena (pois comprei uma maior) por duas galinhas e dois mugangos.
Tudo se pode trocar com vantagem para todos e até com efeitos ambientais positivos. A troca pode até estimular pequenas actividades nomeadamente hortícolas e afins.
As trocas podem promover-se através de blogues, de pequenas informações escritas, â mão ou em computador, colocadas em sítios de passagem na Vila (ou criando com acordo da Junta de Freguesia (2 ou 3 pontos de informação permanentes.
Até poderia dar origem a um mercado semanal, ou mensal, onde as pessoas se juntassem para propor trocas ou procurar oportunidades.
Temos aqui muita matéria (talvez controversa) que poderá ser discutida se alguém entender que vale a pena ir em frente.
E acabo com uma ou duas propostas:
Tenho centenas de jornais de banda desenhada para crianças e adolescentes antigos (anos 30, 40 e 50) que trocaria.
Ou um conjunto de ferramentas de carpinteiro com cerca de 80/100 anos que gostaria de trocar.
Como? Com quem? Por quê?
Isto são, repito, apenas exemplos. No caso poderiam ser ovos, ou azeitonas, ou um leitão…
AC
Equipa:
Henrique Branco, André Silva, João Ilhéu, Duarte Guerreiro; Victor Hugo, Mário Carvalho, José Mbombé.
Banco:
David Mendes e Elson Pereira.
Os nossos infantis foram jogar a casa do U. D. Montemor-o-Novo e perderam por
Dois factores pesaram na falta de sucesso: a equipa jogou num campo com relva sintética e não está nada habituada àquele tipo de piso; e devido à confusão de linhas de marcação (brancas, amarelas e azuis).
Logo aos 2 minutos já a nossa equipa perdia por
Os nossos jovens tiveram muita dificuldade em se concentrar e conseguir a segurança necessária para fazerem o seu jogo.
È claro que sou um defensor de longa data dos campos sintéticos. Mas, para se permitir o desenvolvimento futebolístico, parece-me que se torna necessário terem as marcações de campo adequadas, muito mais porque estamos em escalões de formação. É um disparate fazer estes investimentos e não se acautelarem adequadamente estas situações.
Depois destes percalços iniciais, o jogo tornou-se equilibrado.
A nossa equipa reduziu para
Na segunda parte, o SCA já foi superior à equipa da casa, mas acabou por perder por
Notas:
1) Melhores Jogadores em Campo: João Ilhéu (SCA) e André Silva (SCA)
2) Uma arbitragem correcta.
António Costa da Silva
Uma Velha, tinha, Tinha
Na cabeça, tinha; Tinha
Quanto mais coçava a Tinha
Mais a Velha, tinha, Tinha...
Lengalenga Popular
Editado por António Costa da Silva
Número de desempregados subiu 25,4 % no Alentejo em Setembro
O número de desempregados inscritos nos centros de emprego subiu 25,4% em Setembro, no Alentejo, comparativamente com o mesmo mês do ano passado. Face a Agosto, registou-se um crescimento de 5.9% segundo os dados do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP). No final de Setembro estavam inscritos nos Centros de Emprego do Alentejo 22 mil 250 indivíduos. Estes números preocupam os sindicatos. Casimiro Santos, coordenador da União de Sindicatos do Distrito de Beja, afirma que há o “oportunismo” de algumas empresas que aproveitam a crise para despedir trabalhadores. No entender deste responsável faltam políticas viradas para os “sectores produtivos”. No Baixo Alentejo há mais de 10 mil desempregados, assegura Casimiro Santos.
Visto no site da
Editado por António Costa da Silva
Regionalização, porque não!
A Regionalização em Portugal, já muito debatida e defendida, proporciona a divisão do que se encontra desde séculos unido, estimula uma maior burocracia, cria um novo degrau na escada do poder e aumenta o despesismo do Estado.
É sobre esta visão negativa e avessa ao desenvolvimento sustentável de cada região de Portugal, onde se coarcta o princípio da solidariedade entre cada uma, que pretendo dissertar um pouco mais.
Em primeiro lugar, devo referir que a Administração Pública deve alterar o seu paradigma. Necessitamos da apologia de uma administração pública personalizada, eficiente, descentralizada e moderna, em constante evolução e no sentido da melhor prossecução dos seus fins, ou seja, a satisfação das necessidades sociais colectivas. Isto parece ser algo de inquestionável. Esta deverá ser personalizada pois tem que ter subjacente o espiríto de serviço de quantos a procuram, a pagam e que é sua missão servir. O tratamento massificante dos cidadãos utentes deverá ser recusado, em alternativa à concepção atendedora voluntariosa das situações pessoais sobre que se debruça. Terá que ser eficiente para que reconhecida como instrumento imprescindível do Estado para a satisfação das necessidades concretas dos cidadãos que exigem e têm direito a que não recaiam sobre elas tarefas que não lhes competem e, também que à condigna remuneração dos agentes do Estado corresponda a concomitante responsabilização, abandonando-se o instinto do vínculo. Descentralizada e desconcentrada para que se cumpra o princípio de que ao cidadão nada mais deve ser pedido que pagar os seus impostos. Cabe à administração pública estar onde o utente a reclama para que este possa resolver em tempo útil os seus problemas. Moderna e em constante evolução porque a obsolescência dos meios e dos métodos não é compaginável com as exigências legitímas dos cidadãos, com a mutação das suas necessidades e com o princípio de que o Estado não pode parar de evoluir.
Depois, além da questão da administração pública revigorante, dinâmica e abrangente, deveremos ter igualmente um Municipalismo forte que permite, mais, incentiva um verdadeiro progresso do país, previligiando a procura de soluções, fomentando a acção inerente a um tradicionalismo histórico, próprio dum país com oitocentos anos de história que mais do que se projecta no futuro. O municipalismo só poderá vingar com sucesso se for tido como instrumento de eficácia, de responsabilidade e de desenvolvimento regional integrado. Este, com fortes raízes no território nacional, pela sua ancestralidade, deve ser ainda mais reforçado, dando às “elites” locais a capacidade de alargarem o seu âmbito de acção e, desse modo resolverem as reinvidicações dos seus munícipes, tornando a política e a acção administrativa do território mais dignificantes e justificativas no quadro dum Estado de Direito. Ainda recentemente esse mecanismo foi tentado pela mão do XVII Governo Constitucional, liderado pelo 1º Ministro, eng.º José Sócrates, na área da educação e, parece-me, honestamente, ainda que com pouco tempo de implementação, com resultados bastante promissores. Também na questão da segurança, a existência de polícias municipais, veio pôr em evidência as potencialidades das atribuições autárquicas. Noutras áreas, o poder central poderia abraçar esta premissa, seja na cultura, na saúde, na economia.
Por fim, chegamos à Regionalização. Esta, como é vista pelos seus defensores, criará uma total rivalidade e tráfico de influências entre as regiões a criar, bem como se tornará num outro espaço intermédio entre as populações e os agentes decisórios do bem estar e desenvolvimento das mesmas, acentuado o carácter burocrático que o Estado Português já detém historicamente. Além disso, criará um novo rol de caciques, com novos benefícios, novos salários… Desta forma o conceito de democracia directa estará hipotecado, pelo sem número de níveis decisórios e de poder que se vão criando na estrutura do Estado. As próprias CCDR´s foram uma primeira tentativa de demonstrar aos mais cépticos das reais capacidades e virtudes de uma região administrativa, no entanto acabaram por evidenciar o contrário. Ou seja, gerou-se mais um centro de decisão local com inúmeras atribuições, nomeadamente na área ambiental, da saúde, da canalização de subsídios, etc, que nada mais fez que criar uma nova barreira à celeridade de processos e de mecanismos de desenvolvimento regional, acumulando custos majestosos e onerosos para um país pobre como Portugal, com resultados práticos muito aquém desse investimento. Em suma, com a Regionalização, teremos indubitavelmente, mais políticos, mais funcionários, mais instalações, mas despesa e mais e maior burocracia, tal como mais demora nas decisões, tal como maior distanciamento entre os eleitos e os eleitores.
Por tudo isto, julgo que a Regionalização se transformaria num tigre de papel, sem qualquer engenho para atenuar ou extinguir os problemas que hoje verificamos nas mais distintas regiões do país e da consequente coesão nacional. Isto, sem negar que a actual divisão administrativa do país e sua legislação, podem carecer de alterações de fundo!
Retomando em jeito de conclusão, a dialéctica em torno dum Municipalismo forte, este seria uma solução ajustada à realidade nacional, instando os eleitos a uma política de proximidade com os os eleitores e suas premências.
Frederico Nunes de Carvalho
Segundo o Eurostat, a taxa de desemprego em Portugal aumentou 0,1 por cento em Setembro, para 9,2 por cento. E, apesar do desemprego não parar de subir, a ausência de respostas políticas por parte do Governo sugere que o desemprego não é nem um problema, nem uma prioridade.
Editado por António costa da Silva
Bom dia!
Ricardo Miguel Vinagre
CAMPEONATO DISTRITAL DE SENIORES DA 1ª DIVISÃO - SERIE A
FAZENDAS DO CORTIÇO – ALCAÇOVENSE (CAMPO 25 DE ABRIL-FAZENDASCORTICO) - 01/11/2009 (15:00h)
TORNEIO ABERTURA INICIADOS FUTSAL - 31/10/2009 (11:00h)
ALCAÇOVENSE - BAIRRO TORREGELA (PAVILHAO POLIDESPORTIVO MUNICIPAL-ALCAÇOVAS)
ALCAÇOVENSE - SPORTING VIANA (CAMPO JOÃO BRANCO NUNCIO-ALCAÇOVAS)
CAMPEONATO DISTRITAL DE INFANTIS FUTEBOL 7 - 31/10/2009 (9:30h)
UNIÃO MONTEMOR "B" – ALCAÇOVENSE (PARQ DESP MUN MONTEMOR-O-NOVO-MONTEMOR-ONOVO)
Editado por António Costa da Silva
“Por tierras e mares,
Sinopse
Quase vinte anos depois de ter chegado à Teorema e a Portugal, o nosso conhecido Wilt está de volta no último romance de Tom Sharpe, publicado simultaneamente no nosso país e em Inglaterra.
O Tempo é de férias, Eva parte para a América com as quadrigémeas, a convite dos seus tios, obviamente ricos. Wilt conta à mulher uma das suas habituais mentiras, para se esquivar a acompanhá-las, e decide realizar um dos sonhos da sua vida, um longo passeio a pé e sem rumo, em busca da velha Inglaterra, profunda e autêntica.
O que se vai passar durante estas férias, com marido e mulher separados pelo oceano, é o que o leitor espera do corrosivo e hilariante humor de Sharpe: um incêndio numa velha mansão, sexo pouco ortodoxo, um hipotético tráfico de drogas, bebedeiras, trapalhadas com a polícia e os serviços secretos, a estanha morte de um Membro do Parlamento e Ministro do Gabinete-sombra, num clima de pequenos ódios e vinganças. É claro que a diabólica e engenhosa hiperactividade das quadrigémeas apenas contribui para complicar mais situações já de si complicadas.
No final, Wilt, sentado no seu jardim, há-de concluir melancolicamente que será sempre um exemplo típico do homem suburbano e que as aventuras são para os aventureiros.
Editado por António Costa da Silva
A Justiça uruguaia condenou na quinta-feira passada o ex-ditador uruguaio Gregorio Goyo Álvarez a 25 anos de prisão pelo "homicídio especialmente agravado" de 37 opositores e por um delito de "lesa-humanidade".
Comandante-em-chefe do Exército, em 1978, e último presidente do regime militar entre 1981 e 1985, Gregorio Alvarez já havia sido julgado anteriormente por outros crimes, tendo recebido uma condenação à prisão, no dia 17 de Dezembro de 2007 por desaparecimentos forçados de presos políticos, executados depois de uma série de traslados clandestinos de Buenos Aires a Montevideu, em 1978.
O regime militar teve início no Uruguai no dia 27 de Junho de 1973, com um golpe promovido pelas Forças Armadas, com a colaboração do então presidente civil Juan María Bordaberry (1972-1976). Atingido pela violenta ofensiva da guerrilha marxista dos Tupamaros, que se estendia desde o fim dos anos 60, o próprio Bordaberry havia cedido parte de sua autoridade aos militares no início de 1973.
Depois de praticamente destruir a guerrilha com uma brutal contraofensiva, os militares foram expandindo o seu controle sobre a maioria das instituições nacionais, culminando com o golpe que inaugurou um dos regimes militares mais repressores da região. Em 1976, Bordaberry foi deposto e substituído por Aparicio Mendez Manfredini.
Perante a condenação, ainda teve a lata de dizer "com a idade que tenho vou passar o resto da minha vida na prisão".
António Costa da Silva
A "difícil situação económica e a falta de autonomia influenciam de forma negativa o que se come: mais de um quinto dos inquiridos indicou ter dificuldades financeiras". Os autores da investigação apuraram mesmo que três por cento dos inquiridos passou fome na semana anterior a responderem a estas perguntas.
Ricardo Miguel Vinagre
1º Isto
A organização Repórteres Sem Fronteiras considera que a liberdade de imprensa diminuiu este ano em Portugal, com uma queda do 16º para o 30º lugar na lista dos países que mais respeitam o trabalho dos jornalistas.
Agora isto:
Portugal cai cinco lugares no índice global que mede a desigualdade de géneros.
Dá que pensar..
Editado por António Costa da Silva
Bernardino Bengalinha Pinto, que encabeçou o movimento independente "Unidos pelo Concelho de Viana do Alentejo", com o apoio do PS, é o novo presidente da Câmara Municipal, cujo executivo camarário é composto por 3 vereadores do PS e dois da CDU. O anterior presidente da autarquia, Estevão Pereira, agora eleito para vereador, suspendeu o seu mandato por seis meses, sucedendo-lhe o candidato que se seguia na lista da CDU.
A presidência da Assembleia Municipal está a cargo de António Coelho de Sousa, também do PS. No total, a Assembleia Municipal tem oito membros do PS, seis da CDU e 1 do PSD.
No final da cerimónia, Bengalinha Pinto revelou ao Diário do Sul que "esta eleição significa o culminar de um projecto que foi iniciado em Janeiro e que foi sendo cimentado ao longo dos meses com muito trabalho. Foram atingidos os objectivos que nos propusemos, que foi a eleição para a Câmara Municipal".
Na sua opinião, assumir este cargo é "uma grande responsabilidade. No entanto, penso que quer eu, quer a minha equipa já somos pessoas que estamos habituados a assumir responsabilidades", brincando com o facto de ser "uma pessoa de meia-idade". Sublinhou ainda que "é evidente que estas são acrescidas e que têm outros contornos, mas também já estamos habituados a receber responsabilidades, não menosprezando aquelas que nos estão agora a ser confiadas".
Dos três vereadores eleitos pelo PS, é de realçar que cada um deles é oriundo de uma das freguesias do concelho. Assim sendo, existe um vereador oriundo de Viana do Alentejo, outro de Alcáçovas e outro de Aguiar. Bengalinha Pinto aponta "a especificidade do concelho" como um dos motivos porque são "só três freguesias e como a de Alcáçovas, em termos geográficos, tem o dobro da área da freguesia de Viana, tem um certo peso no contexto da Câmara Municipal".
Por outro lado, "iniciou-se esta característica de constituir as listas, sendo os três primeiros vereadores um de cada freguesia. Foi isso que nós seguimos, além de também ser uma forma de estar mais próximo dos cidadãos", acrescenta o actual presidente.
Bengalinha Pinto lembra que "já tinha sido membro da Assembleia Municipal em 1989, também quando o PS ganhou as eleições no concelho de Viana. Mas foi uma participação quase que simbólica", confessa.
Em relação aos projectos previstos para o concelho de Viana do Alentejo, o autarca garante que "temos intenção de trabalhar muito e já existem alguns projectos, ou pelo menos intenções de projectos da anterior Câmara Municipal. Vamos dar continuidade a esses projectos. Por outro lado, vamos também implementar os nossos projectos, pelo que vamos ter um rol de actividades, com o qual tentaremos daqui por quatro anos mudar um pouco o rosto do concelho de Viana para melhor".
No que diz respeito aos projectos já delineados, Bengalinha Pinto lembrou que "temos uma grande obra em construção, as Piscinas Municipais de Alcáçovas, que vai requerer alguma atenção, mas é só continuar o trabalho anterior".
"Temos depois outro tipo de projectos", continuou o autarca, referindo, por exemplo, o Centro Escolar de Viana. "É uma obra sobre a qual nós nos vamos inteirar de qual a sua situação, mas que está no nosso planeamento ser uma das obras prioritárias para este mandato", assegura.
No tempo em que o Espírito habitava a terra
E em que os homens sentiam na carne a beleza da arte
Eu ainda não tinha aparecido.
Naquele tempo as pombas brincavam com as crianças
E os homens morriam na guerra cobertos de sangue.
Naquele tempo as mulheres davam de dia o trabalho da palha e da lã
E davam de noite, ao homem cansado, a volúpia amorosa do corpo.
Eu ainda não tinha aparecido.
No tempo que vinham mudando os seres e as coisas
Chegavam também os primeiros gritos da vinda do homem novo
Que vinha trazer à carne um novo sentido de prazer
E vinha expulsar o Espírito dos seres e das coisas.
Eu já tinha aparecido.
No caos, no horror, no parado, eu vi o caminho que ninguém via
O caminho que só o homem de Deus pressente na treva.
Eu quis fugir da perdição dos outros caminhos
Mas eu caí.
Eu não tinha como o homem de outrora a força da luta
Eu não matei quando devia matar
Eu cedi ao prazer e à luxúria da carne do mundo.
Eu vi que o caminho se ia afastando da minha vista
Se ia sumindo, ficando indeciso, desaparecendo.
Quis andar para a frente.
Mas o corpo cansado tombou ao beijo da última mulher que ficara.
Mas não.
Eu sei que a Verdade ainda habita minha alma
E a alma que é da Verdade é como a raiz que é da terra.
O caminho fugiu dos olhos do meu corpo
Mas não desapareceu dos olhos do meu espírito
Meu espírito sabe...
Ele sabe que longe da carne e do amor do mundo
Fica a longa vereda dos destinados do profeta.
Eu tenho esperanças, Senhor.
Na verdade o que subsiste é o forte que luta
O fraco que foge é a lama que corre do monte para o vale.
A águia dos precipícios não é do beiral das casas
Ela voa na tempestade e repousa na bonança.
Eu tenho esperanças, Senhor.
Tenho esperanças no meu espírito extraordinário
E tenho esperança na minha alma extraordinária.
O filho dos homens antigos
Cujo cadáver não era possuído da terra
Há de um dia ver o caminho de luz que existe na treva
E então, Senhor
Ele há de caminhar de braços abertos, de olhos abertos
Para o profeta que a sua alma ama mas que seu espírito ainda não possuiu.
Vinicius de Moraes
Rio de Janeiro, 1933
in O caminho para a distância
Bom dia!
Ricardo Miguel Vinagre
“Envelhecimento e desemprego são preocupantes”
A expressão da vitória eleitoral deixou-o surpreendido?
De forma nenhuma. Este foi um cenário que sempre se nos afigurou possível embora difícil, pois há já oito anos que não detínhamos a presidência da Câmara. Mas a forma como conduzimos toda a nossa campanha, como contactámos e auscultámos a população e a adesão progressiva que esta vinha manifestando às nossas propostas e à nossa equipa, expressava já um clima inequívoco de vitória eleitoral.
Realizámos uma campanha com elevação, sem maledicência nem ataques pessoais. Apresentámos um programa eleitoral que consideramos exequível e adequado à realidade e às necessidades do Concelho de Alvito. O povo reconheceu a bondade das nossas propostas e manifestou isso mesmo nas urnas. Nós tudo faremos para honrar essa confiança que em nós foi depositada.
Como olha para o concelho de Alvito?
O concelho de Alvito tem grandes potencialidades. Está situado entre duas importantes barragens (de Alvito e Odivelas), encontra-se a meio caminho entre Évora e Beja. Está relativamente perto do futuro aeroporto de Beja. Detém um importante património, histórico, arquitectónico, patrimonial, cultural e paisagístico. Conta com uma conceituada escola profissional. Tem alguns estabelecimentos hoteleiros com qualidade. O que é necessário é saber aproveitar todas estas mais-valias e potencia-las em favor do desenvolvimento integrado do concelho.
Quais os maiores problemas?
Os maiores problemas do concelho são sem dúvida o envelhecimento da população, e a pequena dimensão do tecido empresarial, o que origina por sua vez uma diminuta criação de emprego local e uma grande dificuldade em reter no concelho os jovens quadros.
Qual a sua prioridade para os próximos quatro anos?
Das muitas propostas apresentadas no nosso programa eleitora, podemos eleger como elementos cruciais, a aposta na educação e na criação de conhecimento, o desenvolvimento económico, nomeadamente através da promoção do empreendedorismo, da criação de condições para a atracção de investimento que leve à criação de emprego e também o aumento e alargamento do apoio social aos mais desfavorecidos para reduzir as situações de pobreza.
Na área social, quais os projectos onde vai apostar?
Vamos criar o cartão “Alvito Social” para os munícipes mais desfavorecidos, apoiar a construção da creche do concelho, apoiar a natalidade no concelho concedendo apoios financeiros às famílias dos recém-nascidos, apoiar as instituições de solidariedade social e as organizações representativas da terceira idade, e também criar uma oficina domiciliária para apoio aos idosos e aos mais necessitados.
Como é possível atrair investimento económico para o concelho?
Uma das nossas prioridades nesta área é a elaboração dum plano de desenvolvimento estratégico que defina as áreas chave para o desenvolvimento do concelho e de um plano de marketing territorial que promova o concelho a nível turístico e económico, aproveitando as potencialidades do mesmo. Simultaneamente é necessário criar espaços para que as empresas se instalem, por isso nos propomos infra-estruturar zonas industriais e de actividades económicas. Propomos também levar a cabo a criação de um ninho de empresas, estrutura importantíssimas para dar oportunidade à instalação de empresas emergentes.
Retirtado do Jornal Registo
Editado por António Costa da Silva
“Havia um grande desejo de mudança”
Naquela que é a sua primeira grande entrevista depois de ter sido eleito presidente da Câmara Municipal de Viana do Alentejo, Bengalinha Pinto aponta a atractividade empresarial como um dos grandes desafios para os próximos quatro anos.
A expressão da vitória eleitoral deixou-o surpreendido?
Não propriamente, porque na última semana de campanha sabíamos que era um dos cenários possíveis de alcançar. Entretanto, com o acréscimo de votantes que fomos tomando conhecimento ao longo do dia destas eleições, comparativamente a 2005, configurava o cenário mais optimista que tínhamos traçado. Sabíamos que havia um grande desejo de mudança por parte da maioria da população, amplamente confirmado ao longo das diversas actividades que iniciámos em 10 de Janeiro.
Aquando da elaboração do nosso programa eleitoral, definimos um modelo de participação aberto a toda a população nas diversas reuniões temáticas criadas para o efeito, anunciadas e divulgadas publicamente.
A participação aberta e inovadora dos nossos procedimentos, foi uma das traves mestras da nossa campanha que queremos estender à gestão autárquica.
Como olha para o concelho de Viana?
Pelo lado positivo! Olho o concelho de Viana, como terra de grandes potencialidades ambientais, paisagísticas e gastronómicas, cujos factores podem captar um turismo de qualidade. Associada às vertentes atrás expressas, possuímos um vastíssimo património arqueológico, arquitectónico e religioso.
Também possuímos um tecido empresarial dinâmico, mas que não está devidamente enquadrado numa estratégia concertada de divulgação com vista ao seu crescimento.
Quais os maiores problemas?
Temos uma população envelhecida com reduzidos recursos económicos e temos muitas pessoas desempregadas, devido à crise económica. Temos as nossas Vilas mal cuidadas, especialmente a sede do concelho. Temos problemas básicos para resolver, como seja a substituição das envelhecidas redes de águas e esgotos, cuja renovação tem sido sucessivamente adiada. Sem isso é um desperdício efectuar obras de pavimentação utilizando materiais mais adequados.
Não temos apoiado devidamente o nosso sector empresarial, nem os nossos jovens nem a população sénior.
O que é que deveria ter sido feito e não foi?
Não foi realizado em tempo aquilo que nós agora nos propomos realizar. Não foi conseguida a abertura necessária ao exterior para a realização de parcerias e acordos
Qual a sua prioridade para os próximos quatro anos?
Tentar resolver os problemas referidos.
Por outro lado, estabilizar a gestão corrente e concretizar um ou outro projecto mais abrangente, como é o caso do Centro Escolar em Viana. Proporcionaremos também todo o nosso apoio à conclusão da obra da Creche de Aguiar, propriedade da Santa Casa da Misericórdia de Viana do Alentejo.
Na área social, quais os projectos onde vai apostar?
Complementar e divulgar as medidas sociais do governo, cooperar com as instituições de solidariedade social concelhias e ajudar as pessoas mais carenciadas, como por exemplo, no acesso aos medicamentos.
Problemas locais devem ter uma resposta local!
Como é possível atrair investimento económico para o concelho?
Para o sector industrial ou agro-industrial, neste momento não temos lotes industriais para oferecer aos empresários, pelo facto de o Plano Director Municipal, inexplicavelmente ter entrado em processo de revisão muito recentemente.
Com esse problema resolvido, iremos promover junto dos nossos empresários locais e também de eventuais investidores externos as nossas excelentes condições de instalação para novas unidades produtivas e expansão das já existentes.
A nossa proximidade com os grandes eixos de desenvolvimento, nomeadamente Évora, é um elemento muito importante no sucesso desta operação.
E a nível turístico?
Temos de integrar urgentemente a “Turismo do Alentejo”, entidade responsável pela gestão da Área Regional de Turismo, contra a qual o anterior executivo mantinha um litígio prejudicial aos interesses do concelho. Sem esse simples passo não podemos ter uma adequada valorização dos nossos produtos.
Entrevista ao Jornal Registo, de 19 de Outubro
Retiradodo http://barbeariaideal.blogspot.com/
Editado por António Costa da Silva
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Associação de Pais Ebi/ji de Alcáçovas
AJAL – Associação de Jovens das Alcáçovas
ATD - Associação Terras Dentro
Associação Tauromáquica Alcaçovense
Banda Filarmónica da Sociedade União Alcaçovense
Grupo Coral Alentejano Feminino e Etnográfico "Paz e Unidade" de Alcáçovas
CMVA - Câmara Municipal de Viana do Alentejo
Centro Social e Paroquial de Alcáçovas
Grupo Coral dos Trabalhadores das Alcáçovas
Grupo Coral Feminino Cantares de Alcáçovas
JFA - Junta de Freguesia das Alcáçovas
Grupo Cénico Amador de Alcaçovas
SCMA - Santa Casa da Misericórdia das Alcáçovas
SUA - Sociedade União Alcaçovense
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Links Empresas Alcáçovas
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