Pelo que parece circulam alguns mal-entendidos sobre a minha posição na Câmara referente a uma moção apresentada pelo Partido Socialista. Nomeadamente sobre medidas sociais, ou medidas anti-crise, que deveriam ser adoptadas pela Câmara.
Vou esclarecer por que motivos não poderia concordar com aquela moção:
1) Como dá para ler na acta da câmara, eu nunca poderia apoiar uma moção partidária em sede de reunião de Câmara, ou seja, esta não era uma moção do vereador Rui Gusmão, mas sim do Partido Socialista. Esses actos devem ser praticados
2) Outra curiosidade muito estranha: O formato com que o PS invoca naquele texto e até no discurso do 25 os valores da democracia, é de uma arrogância tal que, parecem ser os detentores da titularidade desses mesmos valores. Como é óbvio, não lhes ponho em causa os seus valores. No entanto, lições de democracia por parte do PS? Ou doutros? Era só o que faltava
3) Outro aspecto não menos relevante tem a ver com as propostas apresentadas, a maioria delas são da esfera governativa e não da esfera das competências dos municípios. Exemplos são múltiplos:
a) Isenção de impostos municipais – Ainda há pouco tempo o Governo (através do Director-Geral dos Impostos) informou graciosamente o alargamento do prazo do IMI para mais 2 anos. Obviamente como contribuinte fico satisfeito, no entanto esse dinheiro é uma receita das autarquias, que acaba de lhes ser retirada, sem que as mesmas sejam informadas. Faz algum sentido esta proposta do PS de Viana do Alentejo?
b) Com a isenção do IRS por parte das autarquias, a razão é igual. O Governo pede às autarquias para isentarem 5% do IRS que lhes pertence, mas não no IRS do Estado Central.
c) Apoio aos desempregados, pessoal que aufere do RSI, famílias numerosas, etc, etc. Aparentemente a medida até pode ser interessante, só que o modelo apresentado é referente àquelas verbas que estes grupos têm vindo a perder, a favor da forte contenção de custos ao nível do Instituto da Segurança Social. Em dois anos este organismo poupou 400 milhões de euros com estes cortes. É preciso não esquecer. Se houvesse transferências do Estado e delegação de competências nesta matéria, então sim, esta proposta do PS de Viana do Alentejo já poderia fazer algum sentido;
d) Incremento de apoio de 20% aos POC. È impressionante que o PS acabou por obrigar as autarquias e as organizações sem fins lucrativos a pagar 20% na comparticipação dos POC em detrimento duma comparticipação 0%, vem agora o PS de Viana do Alentejo pedir mais 20%. Ou há distracção sobre o que o Governo da nação anda a fazer, ou então isto não passa de mera demagogia política.
e) Apoio às PME´s e Microempresas – Então aqui é adulteração total da realidade. Este Governo do PS agrava as taxas para a constituição de empresas e o PS local pede a redução de taxas. Inúmeros exemplos podem ser dados:
1) Perguntem a um empresário em nome individual ou um profissional liberal quanto é que pagava de segurança social antes deste governo entrar em funções e quanto paga agora? Ele diz-vos – agravaram-lhe as contribuições em mais 50%. Sabem quantos é que encerraram a actividade devido ao agravamento deste custo fixo? Pergunto, afinal onde é que está a sensibilidade social deste PS?
2) Já perguntaram quanto é que recebe um empresário em nome individual, um sócio-gerente de uma sociedade por quotas ou um profissional liberal, caso fique sem empresa (quer dizer sem trabalho / emprego)? Zero. E olhem que por aí anda muito desemprego oculto e de orgulho ferido. Pergunto, afinal onde é que está a sensibilidade social deste PS?
3) Sabem o que é que se passa com os incentivos à criação das Micro e PME´? Pois, eu também não. Sei que o QREN está em vigor desde 1 de Janeiro de 2007, não é 2009, é 2007 e que PRODER – Medida 3 (programa de excelência para apoiar as iniciativas em meio rural), nem sequer tem formulários. Pergunto, afinal onde é que está a sensibilidade social deste PS?
4) Sabem o que acontece a um idoso que não entrega a declaração anual do IRS, só porque pensava que não era necessário entregá-la e porque ninguém o informou? 100€ de multa. Pergunto, afinal onde é que está a sensibilidade social deste PS?
5) Depois são os resgates fiscais em tempos de crise. É o assassinato do nosso tecido empresarial. Será que não se deveria estar a negociar prazos alargados para com as dívidas dos Estado, já que estamos numa crise nunca vista? Pergunto, afinal onde é que está a sensibilidade social deste PS?
6) Quem deve ao Estado leva grandes multas e paga avultados juros (no mínimo 12% ao ano). Quando o Estado deve, paga quando lhe apetece (quando paga) e sem mais nada. Pergunto, afinal onde é que está a sensibilidade social deste PS?
Bem podia estar aqui adu eternum com um relambório de questões e em nada abonariam a favor da sensibilidade social deste PS. Infelizmente, esta é uma triste verdade.
É claro, isto não passa, depois é uma festa da mais pura demagogia propagandística. O PSD não apoia porque é da oposição e não quer ajudar as pessoas em dificuldade. Parece-me claramente abusivo.
Também pergunto, porque é que o PS de Viana do Alentejo não apoiou as medidas sociais do PSD, nomeadamente quando propus a criação de um Regulamento de Apoio Social a Estudantes Desfavorecidos, de apoio às rendas das casas, livros e cantinas escolares?
Porque é que o PS de Viana do Alentejo não apoiou quando o PSD quando propus a diminuição de taxas municipais para grupos desfavorecidos?
Porque é que o PS de Viana do Alentejo não apoiou o PSD quando propus a eliminação da Derrama, imposto municipal quase sem receitas, como factor simbólico de diferenciação e de incentivo de atracção de empresas?
Porque é que o PS de Viana do Alentejo não apoiou o PSD quando propus a redução das taxas de água às entidades sem fins lucrativos do concelho de Viana do Alentejo?
E eu que acreditei que, apesar daquele documento não ter pés nem cabeça, estava cheio de boas intenções…
António Costa da Silva
António Costa da Silva
O PRODER – Programa de Desenvolvimento Rural já devia estar em plena execução, sobretudo a medida 3 (antigo Programa LEADER +), de apoio ao desenvolvimento de iniciativos em meio rural. Tal como os outros Programas enquadrados no âmbito do QREN – Quadro de Referência Estratégia Nacional, também o PRODER ainda mal arrancou.
Aqui, estamos a falar do apoio a projectos complementares à actividade agrícola, desenvolvimento e criação de empresas, turismo em espaço rural, projectos desenvolvidos por associações e outras entidades de cariz local.
Já há muito tempo que lá vai o dia 1 de Janeiro de 2007, período em que deu início o QREN e pelo que parece não há forma de arrancar em pleno.
Muito mais grave se torna quando uma frágil economia como a portuguesa, tão dependente de financiamentos externos e da dinâmica das micro e pequenas empresas (ao nível do investimento e da empregabilidade), não aproveite este mecanismo de financiamento para o seu próprio desenvolvimento.
Se até agora a não aplicação ou a má aplicação dos fundos comunitários é devida à incompetência e irresponsabilidade deste Governo do Partido Socialista, hoje em dia já ultrapassa todos os limites da decência e do bom senso. Estamos assim, perante uma situação de lesa pátria em que estes governantes de Portugal deveriam ser responsabilizados por tudo o que de grave e errado se encontram a fazer.
Ao dia de hoje é difícil acreditar que este (des)Governo do PS ainda consiga estimular o que quer que seja ao nível da actividade económica. A região Alentejo tem sido altamente prejudicada por tanta incompetência.
Também neste domínio, o autismo político do Governo PS tem sido dramático para o País e para a nossa região
Neste contexto, significa que estamos a perder capacidade competitiva precisamente nas áreas onde somos mais fortes. Assim, torna-se cada vez mais impossível concorrer com outras regiões europeias, sobretudo porque estamos a perder a capacidade produtiva que ainda nos vai restando.
O PPD/PSD – Partido Social Democrata deseja que esta situação se altere o mais rapidamente possível, porque de outra forma, pode não haver salvação possível.
António Costa da Silva – Responsável pelo Grupo de Reflexão de Economia e Desenvolvimento Regional da Comissão Política Distrital de Évora do PPD/PSD – Partido Social Democrata.
Publidado no http://www.diariodosul.com.pt/
Editado pofr António Costa da Silva
No passado dia 20 de Abril, tendo oportunidade e o privilégio de conhecer pessoalmente a professora universitária e arquitecta paisagista, Aurora Carapinha, fiquei a conhecer um pouco mais sobre este belissímo espaço da nossa vila sistematicamente ostracizado pelos poderes políticos centrais e locais, pelo menos até à data.
Nessa aprazível e muito enriquecedora conversa com tão reputada docente, fiquei a conhecer, entre muitas coisas:
1º - da unicidade do Horto do Paço com a sua extraordinária decoração de embrechados no panorama nacional, ibérico e europeu.
2º - da singularidade actual do tipo de horto enquanto espaço independente do paço. Existiram outros exemplos em Portugal, como foram caso o Paço da Ribeira, já extinto e do Paço Ducal de Vila viçosa, entretanto com o seu horto anexado ao restante espaço.
3º - que o espaço onde se encontra o actual horto, era outrora o centro da judiaria alcaçovense.
4º - que o seu fundador, numa visão algo patriótica, em período de dominação castelhana, quis criar uma pequena corte nesta vila, dando ao espaço em causa toda a dignidade que o seu abastado bolso lhe pudesse dar.
Depois, já no âmbito dum convite que, em nome da AAA fiz a esta professora, para se integrar num grupo multidisciplinar de estudo do Horto do Paço, fiquei a saber que no âmbito do mestrado de Gestão e Valorizaçãodo Património Cultural, a cita professora tem alunos a realizar um trabalho de requalificação paisagistica deste espaço que gentilmente estão disponíveis para fornecer à AAA.
Fiquei ainda a saber pela voz da professora Aurora Carapinha que esta tinha tido um antigo aluno de mestrado que tinha igualmente a intenção de realizar um trabalho sobre o Horto do Paço e que o mesmo, não obstante não o ter entregue, tinha-lhe fornecido dados extremamente importantes. Mostrou-lhe fotografias aéreas do centro histórico das Alcáçovas, onde se vislumbrava o perímetro inicial e mais extenso do horto, até à doação à junta de freguesia respectiva de parte deste espaço para a ampliação do Largo da República. Mais! Este aluno, dotado de uma considerável biblioteca particular, encontrou um manuscrito que data da fundação do dito horto e refere pormenores interessantes da sua construção, plantação, etc..
Mais pormenores em breve!
Cumprimentos,
Frederico Nunes de Carvalho
Editado por António costa da Silva
Percorro terras mais a sul. Razões profissionais assim me obrigam.
Passando pela “capital” do montado, nesse Portel do cante de outros tempos, entristeço-me. Ao contrário do que às vezes parece e nos querem fazer querer, não vejo a sua força, não vejo as suas gentes. Lá está o seu imponente castelo a lembrar as vitórias de D. Nuno Alvares Pereira e do seu protegido D. João I. Essa sim, a altaneira alcazaba mantém-se impávida e serena, já não lembra o navegador Henrique que ali tentou negociar o resgate do seu irmão mais novo, prisioneiro para toda a vida nas masmorras de Fez.
Ali perto, entramos novamente em Terras do Grande Lago circundadas por amplas áreas naturais. A Amieira no Vale do Degebe, lembra o tempo dos romanos que por ali passaram. Hoje, sente-se traída pelo Odiana. Os mais novos não querem lá ficar.
Ao passar na aldeia de Alqueva é possível exortar a melancolia da paisagem. Este é daqueles sítios que apetece ficar, ouvir as velhas estórias de sempre. Apenas ouvir, saborear sem pressas.
É certo que aquelas águas são importantes. Que o nosso futuro depende dela, também é certo. Mas as gentes daquelas bonitas terras continuam a fugir para outros locais. A proa deste barco que é Portugal continua a levar mais gente que a ré. Não se pode afundar.
Aliás, Alqueva, ou alqueive (terra deserta de pousio), não pode ser o seu nome. Alqueva é vida, tem de ser muito mais vida.
Depois, a passagem pelo paredão que sustenta o Grande Lago.
Por vezes, quando passo de manhã, muitas delas de nevoeiro, dá-me sempre a sensação que ali é um bom local de reflexão. É estranho, porque envolto daquela paisagem, mas em cima de milhares de toneladas de betão, dá-me uma ideia de dimensão, até mesmo de infinito. Dá também a ideia daquilo que somos capazes de fazer, de bem e de mal.
A partir dali, vamos em direcção a Arucci. Noutra dimensão se apresenta esta pequena e bela cidade. Ao tempo romano em que era Civitas Aruccitana Nova, até ao período muçulmano que passou a ser Al-Manijah, desperta-nos sensações imemoriais das velhas civilizações. As lendas encantadas da Moura Salúpia, aos tempos das conquistas aos mouros e reconquistas aos espanhóis, levam-nos a esta cidade cheia de recantos e de riquezas históricas.
Ali, abrem-se expectativas para as novas gerações. Novas energias de novos tempos se movem. Serão estas o melhor caminho?
Depois em direcção ao meu destino, a Pias.
Agora, encontramos numa paisagem diferente: as terras barrentas de serpa entrecruzam-se com um território ondulante. Os vinhedos e os olivais, próximos do Enxoé, substituem a velhas terras do sul. Ao longe, avista-se o relógio de Pias. Espreitando quem passa por aqui.
Novamente o mesmo tempo, os mesmos rostos envelhecidos pelo tempo. O cante de todas as vozes.
António Costa da Silva
Sinopse
Editado por António Costa da Silva
omeça assim…
«A Europa é feita de cafetarias, de cafés. Estes vão da cafetaria preferida de Pessoa, em Lisboa, aos cafés de Odessa frequentados pelos gangsters de Isaac Babel. Vão dos cafés de Copenhaga, onde Kierkegaard passava nos seus passeios concentrados, aos balcões de Palermo. […] Desenhe-se o mapa das cafetarias e obter-se-á um dos marcadores essenciais da ‘ideia de Europa.’»
George Steiner
… e termina assim este ensaio verdadeiramente admirável de George Steiner:
«Com a queda do marxismo na tirania bárbara e na nulidade económica, perdeu-se um grande sonho de — como Trotsky proclamou — o homem comum seguir as pisadas de Aristóteles e Goethe. Liberto de uma ideologia falida, o sonho pode, e deve, ser sonhado novamente. É porventura apenas na Europa que as fundações necessárias de literacia e o sentido da vulnerabilidade trágica da condition humaine poderiam constituir-se como base. É entre os filhos frequentemente cansados, divididos e confundidos de Atenas e de Jerusalém que poderíamos regressar à convicção de que ‘a vida não reflectida’ não é efectivamente digna de ser vivida.»
Editado por António Costa da Silva
Ex. mº Sr. Representante do PSD
Ás demais entidades aqui presentes
Meus Senhores
A Todos presentes.
Tal como no ano anterior cabe-me a mim, como 1º Secretário da Assembleia Municipal de Viana do Alentejo, e na impossibilidade do Sr. Presidente da mesma estar presente, abrir esta sessão solene.
Gostaria de relembrar a todos que este é um ano muito importante em termos de eleições, vamos ter três actos eleitorais, e se é verdade que todos nós temos mais tendência para nos preocuparmos com as Autárquicas não é menos verdade, que as Legislativas e as Europeias não são menos importantes, portanto deixo aqui a mensagem, que em respeito aos que tanto lutaram pela nossa liberdade, também de expressão, não deixem de ir votar em qualquer dos actos eleitorais que se vão realizar.
Não deixem de ir exprimir a vossa opinião, seja ela qual for.
Temos que manter a nossa liberdade que tanto custou a obter.
Este ano trago uma mágoa acrescida, magoa essa, que mesmo correndo o risco de me tornar repetitivo tenho que voltar aqui a falar dos problemas que falei à um ano atrás.
Estou-me a referir como vocês sabem, ao encerramento das urgências no Centro de Saúde, ao estado degradante do Registo Civil, à privatização dos CTT, ao estado em que se encontra o Paço dos Henriques em Alcáçovas.
Estes encerramentos que aqui refiro não são só um incomodo para as populações como são também, um retirar dos direitos adquiridos pelo povo ao longo destes 35 anos de luta.
O Centro de Saúde
Apesar de haver quem tente passar as responsabilidades para a nossa Autarquia, todos sabemos quais são as políticas de encerramento do actual Governo. A política desde Governo é resolver a crise à custa dos mais pequenos ou seja à custa dos mais frágeis e necessitados.
Tenho a certeza que algumas das pessoas que aqui estão agora, tiveram que passar por lá, e não foram atendidas quando precisaram.
O Posto da GNR de Alcáçovas, só o continuamos a ter aberto graças ao esforço do Presidente da Junta de Freguesia de Alcáçovas
que, juntamente com a Câmara Municipal de Viana do Alentejo têm feito um enorme esforço para este não encerrar.
O Posto de Viana continua ao abandono e a GNR continua com o seu Posto numa casa particular sem condições para o efeito.
Infelizmente confirmou-se a privatização dos CTT tal como eu aqui mencionei há um ano atrás.
Há situações e questões que são demasiado previsíveis, com politicas como são as deste governo.
E lamentavelmente o registo civil continua na mesma, se um idoso precisar de ir lá acima ou um deficiente, não conseguem!
Tal como as péssimas condições de trabalho das funcionárias.
E infelizmente passado mais um ano continuamos a não ter o cartão único.
Se há um ano atrás, éramos o único Concelho do Distrito, que não podíamos fazer esse cartão no nosso Concelho, porque a máquina não cabe nem na porta nem nas instalações, hoje seremos certamente um dos poucos Concelhos do País que, para termos esse tal Cartão temos que ir a um Concelho vizinho.
Paço dos Henriques
Mais uma vez a Câmara, juntamente com a Associação dos Amigos das Alcáçovas, a Associação Terras Dentro, e a Junta de Freguesia de Alcáçovas, se estão a substituir ao Governo e estão a tentar a arranjar alternativas para a reconstrução do Paço dos Henriques, e digo a substituir ao Governo porque o Paço dos Henriques está em Alcáçovas mas não é nem da Câmara nem de nenhuma Associação aqui referida, é sim da responsabilidade e propriedade do Estado, e a sua recuperação não devia ser preocupação nem das Associações nem da Câmara Municipal, deveria sim, ser do seu dono “O Governo”.
Apesar de algumas insinuações a Câmara não vai tentar nem nunca tentou utilizar-se do Passo dos Henriques para fazer politica, a Câmara tentou e continuara sempre a tentar junto das entidades competentes que o Paço dos Henriques seja recuperado, esse sim o objectivo da Câmara.
Bom, mesmo para terminar e porque felizmente vivemos em democracia e há mais pessoas para falarem.
Gostaria hoje aqui, no dia em que conjuntamente podemos festejar 35 anos de liberdade, deixar uma mensagem de agradecimento, a todos os que de uma forma directa ou indirecta contribuíram para que este dia fosse possível. Porque todos os que aqui estão sabem certamente, que há 36 anos atrás não seria possível estarmos aqui a manifestar as nossas opiniões.
Obrigado a todos
Viva o 25 de ABRIL
Luis Miguel Fialho Duarte
Editado por António Costa da Silva
Cartoon Elaborado por António Costa da Silva
Cartoon Elaborado por António Costa da Silva
PARTIDO SOCIAL DEMOCRATA
CONCELHIA DE VIANA DO ALENTEJO
35º ANIVERSÁRIO DO 25 DE ABRIL
Exmo Senhor 1º Secretário da Assembleia Municipal,
Exmo Senhor Presidente da CMVA,
Exmos Senhores Eleitos
Convidados,
Minhas Senhoras e Meus Senhores,
Muito Bom Dia Todos,
Inicio esta intervenção com uma palavra de respeito e admiração para com aqueles que, debaixo de uma forte opressão, e correndo mesmo risco de vida, planearam e executaram a revolução de Abril. É a esses homens e mulheres que devemos aquilo que hoje temos.
Há 35 anos o país renascia. Ficavam para traz 48 anos de repressão e opressão. A liberdade, em todos os sentidos, estava por fim nas mãos dos Portugueses. Essa liberdade trazia com ela uma oportunidade, a oportunidade de uma vida melhor, em que todos eram vistos como iguais, em que os serviços básicos eram para todos: Saúde, Educação, Justiça.
É sempre bom não esquecer que alguns indivíduos, meses depois, tentaram roubar este sonho aos Portugueses.
Essa oportunidade trazia, também, uma nova forma de poder autárquico (passando a ser eleito pelos cidadãos portugueses), definindo-o como o principal meio de contacto com as populações.
As autarquias são responsáveis pelo bem-estar dos meios onde se inserem, por proporcionar às suas populações boas condições de vida e boas condições para desenvolverem as suas actividades.
Por isso mesmo, graças a Abril, podemos falar hoje de poder autárquico verdadeiramente eleito pelas suas populações. Podemos hoje criticar livremente as opções erradas que os leitos vão tomando. Podemos hoje, tal como aqui estamos a fazer, assim como é possível fazer noutros meios, expressar livremente todas as nossas opiniões, sem que para isso, exista o medo das repercussões que possam existir posteriormente.
Abril deu-nos isso e é sem dúvida uma das suas maiores riquezas.
Abril também é poder autárquico. Desta forma, trago algumas reflexões sobre a problemática actual com que se debate o poder autárquico.
É responsabilidade das autarquias manter os centros históricos em boas condições e apresentáveis á sociedade, é também responsabilidade das autarquias manter as vias de comunicação em bom estado, de forma a permitir uma boa circulação de pessoas e dos seus bens.
Seria bom que as autarquias funcionassem como uma espécie de embaixador dos seus concelhos, promovendo os seus produtos, a sua história, a sua cultura, as suas riquezas, os seus monumentos, e tudo aquilo que de melhor se faz nos seus concelhos. Mas, para isso, é preciso identificar claramente os objectivos que se pretendem atingir, não só vocacionados para o curto prazo (para o voto), mas, sobretudo, para o médio e longo prazo, de forma a também beneficiar as gerações vindouras.
Sem um bom trabalho de casa é impossível passar uma boa imagem do concelho, é impossível atrair pessoas para o concelho. Vivemos um momento em que o Estado Central apresenta políticas de abandono do interior, sem quaisquer preocupações ao nível duma estratégia de desenvolvimento rural e regional, em que a tendência é para abandonar todos os serviços de proximidade que existem no meio rural. O papel das autarquias torna-se ainda mais fundamental para inverter essa tendência.
Nesse sentido, devem ser criadas condições para a atracção e fixação de novos habitantes, tais como melhores e novas zonas industriais, centros empresariais, centros incubadores de empresas. Estruturas estas viradas essencialmente para os produtos regionais, e com isto quero dizer que deve ser feita uma aposta clara naquilo que de melhor se faz no nosso concelho, seja na área das infra-estruturas, seja na área do conhecimento, seja na área da comunicação e imagem.
Chega de obras para “fazer vista”, ainda para mais em tempos de crise! Abril não foi pensado para isso.
Termino esta intervenção dedicando uma palavra àqueles que um dia deram a sua juventude, e alguns a sua vida, em nome de Portugal em terras do ultra-mar. Essas pessoas que corajosamente combateram na guerra colonial e que por vezes são esquecidas e até marginalizadas pela nossa sociedade e pelos nossos governantes.
Viva o 25 de Abril.
Francisco Aquilino Chibeles Mestre
Presidente da Secção Concelhia do PPD/PSD Viana do Alentejo
Viana do Alentejo, 25 de Abril de 2009
Bom dia a todos os presentes:
Presidente da Assembleia Municipal, Presidente de Câmara, Vereadores, Presidentes de Junta de Freguesia, Presidentes das Associações e Colectividades presentes na sala, senhoras e senhores
Comemorar o 25 de Abril hoje à distância de 35 anos é recordar e manter viva na nossa memória o Portugal cinzento e triste, um país que vivia a guerra colonial, isolado e condenado no seio da Organização das Nações Unidas, sem liberdade de expressão, das perseguições políticas, da PIDE, da caridadezinha, da ditadura.
Comemorar o 25 de Abril é também recordar o Movimento das Forças Armadas que abriu o caminho da liberdade, juntamente com o povo.
Por isso devemos viver e celebrar esta data e realçar que a Liberdade e a Democracia são valores fundamentais para a humanidade.
Recordo-me dos três D do MFA
Democracia
Descolonização
Desenvolvimento
A democracia trouxe-nos liberdade de expressão, de opinião e de imprensa e embora recentemente a Presidente de um partido político tenha dito que para implementar certas reformas, em Portugal, era necessário suspender a Liberdade por 6 meses tenho a certeza que quem viveu em ditadura não se sentiu bem com esta ameaça.
A descolonização pôs fim a uma guerra injusta e sem fim.
O desenvolvimento foi sendo cumprido e hoje em dia embora seja visível a insatisfação de muita gente, podemos afirmar que se cumpriu Abril.
Passámos a eleger os nossos representantes directos na Assembleia Municipal, na Câmara e nas Juntas de Freguesia e o Partido com maior número de votos irá governar a Autarquia, esperando-se da parte destes eleitos locais o exercício do Poder Local Democrático com empenhamento, muito trabalho e que esse trabalho se reflicta no desenvolvimento do nosso Concelho.
Infelizmente não é isso que se verifica no Concelho de Viana do Alentejo e pelo que ouvimos isso é responsabilidade do Governo Central, actualmente o Governo do Partido Socialista.
Usando a liberdade de expressão e o direito de opinião – conquista de Abril – numa observação crítica às vilas do nosso Concelho eu pergunto:
- Será que é culpa do Governo Central o estado lastimoso das ruas de Aguiar, Alcáçovas e Viana? É possível melhorar? Porque não se melhora?
- Será culpa do Governo Central que uma obra como o Parque de Mercados esteja em construção há mais de quatro anos?
- Será que é culpa do Governo Central que a conclusão da ETAR de Alcáçovas esteja há dois meses à espera de conclusão?
- Quem deve ser responsabilizado pelo atraso da revisão do Plano Director Municipal, que ficou dois anos parado devido a um incumprimento processual?
- A aposta num modelo de desenvolvimento deste Concelho baseada em exclusivo no incentivo à construção de casa própria em bairros residenciais, aos loteamentos de terrenos sem espaços verdes e equipamentos lúdicos para crianças é do Governo Central?
- Já que falamos em eleitos locais que reflexão merece a atitude da CDU relativamente à renúncia do mandato do Vice-Presidente eleito (o Vereador das Alcáçovas) para a Câmara Municipal de Viana do Alentejo?
À semelhança de um Pimeiro-Ministro de Portugal que disse ter encontrado o País de tanga e foi protagonista, na minha opinião, da vergonhosa Cimeira dos Açores que deu luz verde à guerra no Iraque, este Primeiro-Ministro virou as costas a Portugal, ao País de tanga, para aceitar o lugar de Presidente da Comissão Europeia.
No caso da nossa Autarquia a renúncia do Vice-Presidente, deu origem à candidatura à Autarquia vizinha de Alvito com o apoio da coligação que o elegeu em Viana do Alentejo, sujeitando-se a CDU à lógica do interesse pessoal deste senhor.
Esta manifestação de afirmação pessoal teve ainda como consequência a alteração da equipa da Junta de Freguesia de Alcáçovas que na lógica da CDU foi a melhor saída encontrada para a recomposição do executivo da Câmara Municipal de Viana do Alentejo.
Para quem se diz empenhado e dedicado na construção de um Concelho mais desenvolvido, respeitando sempre a vontade que as populações têm no processo de escolha dos seus mais directos representantes, esta não parece ser a conduta de quem se afirma defensor do Poder Local Democrático.
Isto é possível? Sim, é possível e aconteceu em Viana do Alentejo com a CDU.
Mas porque hoje celebramos Abril, não quero encerrar a minha intervenção sem antes ler um poema de um dos poetas que cantou Abril, um poeta que admiro e que desapareceu há 25 anos, o poeta José Carlos Ary dos Santos.
Isto vai meus amigos isso vai
Um passo atrás dois à frente
E um povo verdadeiro não se trai
Não quer gente mais gente que outra gente
Isto vai meus amigos isso vai
O que é preciso é ter sempre presente
Que o presente é um tempo que se vai
E o futuro é o tempo resistente
Depois da tempestade há a bonança
Que é verde a cor que tem a esperança
Quando a água de Abril sobre nós cai
O que é preciso é termos confiança
Se fizermos de Maio a nossa lança
Isto vai meus amigos isso vai
VIVA o 25 de Abril
Rui Gusmão – Vereador da CMVA Eleito pelo PS
Editado por António Costa da Silva
Editado por António Costa da Silva
Ontem um grupo com mais de trinta pessoas, colegas e amigos do Chico Mestre veio até à nossa Vila, passear e almoçar.
O passeio, preparado entre o Chico Mestre e a Associação dos Amigos das Alcáçovas, constou de uma visita ao Horto das Conchas e à Capela e depois à Matriz.
Com a colaboração da Junta e da GNR conseguimos ter abertos os locais referidos que foram visitados e admirados com a ajuda de algumas breves notas históricas sobre estes dois tesouros da nossa terra.
Diga-se que a maioria dos visitantes se mostrou muito admirada e encantada com o que viu.
Algumas frases expressam bem a reacção dessas pessoas:
- "Como é que uma Vila pequena tem uma Matriz com esta imponência".
- "Quantos habitantes tem a Vila? Só cerca de 2000? Com tudo isto?".
- Esta Capela é linda."
- "Nunca vi (capela e jardim) nada como isto".
- "Que pena, é uma vergonha ter isto (jardim e capela) neste estado".
- "Foi uma surpresa, não fazia ideia, não esperava ver coisas tão interessantes".
AC
Há 35 anos, homens e mulheres do meu país sonharam com um Portugal, mais justo, mais fraterno e mais igual. Onde alguns deixariam de ter tudo para todos puderem ter alguma coisa.
Enviado para Divulgação
Editado por António Costa da Silva
Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não o fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
O sol doira
Sem literatura.
O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como tem tempo não tem pressa...
Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.
Quanto é melhor, quando há bruma,
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!
Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.
O mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca...
Fernando Pessoa
Editado por António Costa da Silva
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