Há notícias, não muitas, que nos trazem algo de positivo que, de alguma forma, ajudam a recuperar um pouco da nossa auto-estima , tão abalada que ela anda.
Dia após dia chegam-nos estudos, estatísticas, pareceres que nos arrasam. Pois hoje vou partilhar convosco algumas notícias, algumas nem "notícias" são.
Uma judoca portuguesa conquistou o título de campeã da Europa, na sua classe. Seu nome: Telma Monteiro. Os seus colegas fizeram também boa figura, mas sem chegarem às medalhas.
Realizou-se, em Lisboa, no Pavilhão Atlântico, neste fim de semana o campeonato do mundo de boxers. o ATIBOX . É uma competição anual que atrai muita gente, criadores de boxers, de muitos países. A organização desta exposição é algo complexa e requer meios humanos e financeiros consideráveis. Pois a organização portuguesa conseguiu trazer a Lisboa, tão longe do centro da Europa, um número de cães que só uma vez foi ultrapassado (por um grande país muito mais fácil de aceder para a maioria dos europeus. Tudo correu bem e a organização foi elogiada por toda a gente, ao ponto de reconhecerem que até à data não se fez melhor. Um dos juízes foi uma portuguesa residente em Alcáçovas, a Margarida das fotos dos passarinhos.
As energias alternativas, renováveis, estão a ser levadas mais a sério por alguns empresários portugueses. A energia eólica, a energia solar, centrais térmicas e foto voltaicas , os biocombustíveis , a energia das ondas. A notícia mais recente diz-nos que, uma parceria portuguesa/australiana vai construir em Tavira uma central térmica de energia solar. Até agora, tanto quanto sei, a energia térmica solar só tem sido usada para aquecimento de águas, mas este novo projecto visa a produção de electricidade numa central térmica. Uma técnica com algum contributo português que permite obter electricidade a metade do preço da foto voltaica .
AC
No início da sua visita a alguns concelhos alentejanos, dos mais pobres do País, o PR fez, entre outras, uma declaração que deve ser analisada com muita atenção pelos nossos autarcas.
Palavras ou recomendações que, para mim, sintetizam aquilo que penso possa ser considerado uma simbiose de preceitos, digamos, de esquerda e de direita.
A defesa do social com apoio paralelo ao desenvolvimento económico. O que, até surgir alguma ideia inovadora mais promissora, é a melhor receita para um progresso social sustentado.
E, disse mais: é tempo de alterar as prioridades. Até agora temos vivido, digamos, a fase das infra-estruturas., muitas vezes necessárias, mas tambem quantas vezes excessivas.
O "betão" tem sido, desde há muitos anos, a muleta de muitas autarquias, governos e partidos. Deu muito dinheiro, lucros e receitas, legalmente, por vezes, e não tanto, em muitas outras situações, mas chegou o tempo de alterar as prioridades.
Como já disse aqui no nosso blog, temos que pedir, exigir (no voto), que se dê prioridade à economia, à criação de emprego, ao estímulo para a criação de novas empresas.
E, então, será possível um maior desenvolvimento social, desde que se distribua e aplique a riqueza criada de forma justa e equitativa.
AC
A discussão à volta do estado da Educação em Portugal, e das medidas propostas para a resolução da miríade de problemas que a assolam, deixa-me tonto, ou melhor, eu devo ser tonto pois não consigo ver a luz, não consigo separar o trigo do joio, já não distingo uma ideia brilhante de outra totalmente disparatada.
Ajudem-me, por favor, a perceber o que se está a passar:
- Os professores não estão preparados para ensinar devidamente?
- Os professores não se preocupam com o futuro dos seus alunos?
- Os professores limitam-se a cumprir as regras administrativas, a seguir à risca os regulamentos?
- Os professores dos professores, na Universidade, são todos muito competentes e formam professores qualificados, técnica e pedagogicamente?
- Será que os professores são todos igualmente competentes, igualmente dotados para o ensino? Não há bons, nem maus, nem assim-assim?
- Os alunos mal comportados, violentos, são de imediato castigados severamente, colocados em centros especializados na recuperação de delinquentes ?
- Os Sindicatos só procuram defender os empregos e regalias dos professores já instalados?
- Os Sindicatos não se preocupam com a qualidade do ensino, pois não é da sua responsabilidade?
- Os alunos que concluem hoje os seus cursos mal preparados, com fracos conhecimentos das matérias nucleares (e não só) serão, quando começarem a ensinar, bons professores?
- Terão os professores responsabilidade pela formação que lhes foi dada, quando jovens alunos, no básico, no secundário e no superior?
- Quem é que tem a responsabilidade de tudo isto?
- Claro que há muitas excepções, mas será que os resultados globais nos últimos anos reflectem o trabalho das excepções ou o das maiorias?
- Será que as excepções conseguem lutar contra a maré? Ou será que, gradualmente, se vão deixando arrastar pela corrente dominante?
- Será que este País vai a algum lado por este caminho?
AC
fonte: http://www.territorioportugal.pt/
A proposta técnica do Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território (mais conhecido por PNPOT) está concluída e entrou na fase de discussão pública.
Para quem não conhece, trata-se de um documento da maior relevância que contém as grandes linhas de acção estratégica para os diferentes sectores implicados no futuro desenvolvimento do país, proposto pelo Governo e que a Assembleia da República há-de aprovar como lei.
É o documento de ordenamento do território de abrangência nacional que, concretizando as opções de desenvolvimento económico e social, definirá um modelo de organização espacial e social visando estabelecer, entre outros, os objectivos e princípios assumidos pelo Estado numa perspectiva de médio e longo prazos quanto à localização de actividades, dos serviços e dos grandes investimentos públicos (artº 28º do DL nº 380/99, de 22 de Setembro).
Oito anos depois da entrada em vigor da Lei de Bases da Política do Ordenamento do Território e do Urbanismo (Lei nº 48/98, de 11 de Agosto), que atribui ao Governo o dever de preparar este documento e ao Estado a obrigação do o aprovar, eis que a proposta técnica do PNPOT está concluída, pronta para consulta e discussão pública e futura aprovação. A Resolução do Conselho de Ministros que determinou a sua elaboração data de 2001 e foi em 2002 que se constituiu a equipa multidisciplinar encarregada da elaboração da proposta técnica (que posso afirmar ser uma equipa de excelência, coordenada pelo grande geógrafo Professor Doutor Jorge Gaspar). Demorou algum tempo, todo o processo de elaboração do documento, mas atendendo à sua complexidade e “originalidade” podemos dar graças por o termos agora preparado para ser discutido e aprovado.
O documento está disponível on-line, numa página criada para o efeito pela Direcção-Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano (DGOTDU):
http://www.territorioportugal.pt/
aqui se encontram informações relativas à fase de Discussão Pública: agenda, conteúdo da proposta, ficha de participação, sumário da proposta técnica, os antecedentes - cronologia e pareceres, etc. Vale a pena explorar! A DGOTDU desenvolveu um excelente trabalho e por isso está de parabéns. Com a criação desta página facilitam bastante o acesso a toda a informação de um documento que é em si denso e complexo e promovem a participação pública.
Este documento diz respeito a todos nós e nele está discutido o futuro do país. Para a sua apreciação pública, foi estipulado o período mínimo legal para discussão deste tipo de documentos (o que é de lamentar), e este é o momento de nos informarmos e discutirmos o que nele é proposto.
É muito importante que todos os cidadãos tomem conhecimento do que se pretende que o nosso país seja no futuro bem como a sua participação nesta discussão. Como a iniciar o PNPOT se escreve e muito bem: "um país bem ordenado pressupõe a interiorização de uma cultura de ordenamento por parte do conjunto da população. O ordenamento do território português depende, assim, da vontade de técnicos e de políticos, mas também do contributo de todos os cidadãos".
Poderemos também aproveitar este espaço, o Alcacovas, para discutirmos futuramente algumas questões relativas a esta proposta ou até se quiserem para esclarecermos possíveis dúvidas.
B. Borges
Mais uma noite passada no labiríntico e difícil, mas maravilhoso mundo da Economia.
Mas se a economia é isto que eu estudo porque é que tudo o que é gente sem qualquer formação económica insiste
Numa conversa banal ninguém discute engenharia, medicina ou arquitectura. Mas economia é certinho dois dedos de conversa e já está, ora é impostos para aqui, investimento para ali, consumo para não sei a onde.
Triste ciência, que tão nobre e importante é para os destinos de países e de pessoas mas ninguém a respeita.
Imaginem o que era, à semelhança de muitos médicos, professores de português vertente qualquer coisa, etc., se os economistas de um dia para o outro comecem a escrever sobre transplantes do miocárdio, e coisas que o valha. Não ia ser muito agradável pois não? Corriam o risco de dizer muitas asneiras! Assim faz quem escreve sobre economia quando do seu funcionamento não entende nada.
rmgv
Também em destaque o texto do Frederico no Frescos Campos, sobre o Cantinho dos Animais de Évora.
rmgv
A ler no Blasfémias sobre Ordens, Corporações e afins…
rmgv
Porque defendo a redução do “peso” do estado na economia portuguesa, apresento dois fenómenos económicos que explicam que o crescimento dos gastos ou da dívida do Estado faz diminuir o crescimento económico:
À alguns dias esteve em Portugal o “Gurú” da gestão Jack Welch a convite do Fórum para a Competitividade que é presidido por Luís Mira Amaral.
Jack Welch com uma vasta obra publicada e com reconhecido mérito internacional, não podia ser mais duro (muito embora realista) com a classe empresarial portuguesa e com todo o Portugal em geral. Disse coisas tais como: «É humilhante para os portugueses a percepção que o exterior tem de Portugal, que é a de uma contínua degradação e declínio ao longo dos últimos anos».
Afirmando também que os portugueses são estáticos, falou ainda das ambições dos estudantes americanos comparadas com os europeus em que 25 % dos diplomados nos E.U.A tem como objectivo terem a sua própria empresa enquanto na Europa o objectivo é ter lugar numa empresa já estabelecida.
A minha pergunta é: será necessário vir um americano por muitos galardões que tenha, afirmar que o clima económico e empresarial esta mau em Portugal?
Depois de uma noite a olhar para livros, gráficos, tabelas e muitos números abri a minha janela e deparei-me com um espectáculo mágico a noite termina muito lentamente para dar lugar a um novo dia. De uma capoeira aqui perto chega-me o catar de um galo. Ao longe um oiço um carro a partir.
Alcáçovas acordou!!!
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Bom dia!
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rmgv
Hoje, por motivos de uma investigação para um trabalho académico que estou a realizar tive de viajar pelo Alentejo. O resultado foi maravilhoso, visitei e revisitei locais magníficos, onde os mais velhos têm sempre tempo para recordar as velhas lendas do nosso povo e onde a planície dourada toca o céu azul.
Equipadas a rigor, as crianças estiveram perto dos jogadores da Selecção Nacional
Foto: Francisco Paraíso
Cerca de cento e quarenta jovens jogadores que disputaram o Campeonato Distrital (Évora) de Escolas visitaram o Convento do Espinheiro, onde se encontra alojada a Selecção Nacional, e tiveram direito a uma sessão de autógrafos que durou cerca de uma hora.
A iniciativa da Federação Portuguesa de Futebol destinou-se a incentivar e premiar a paixão dos mais pequenos pelo futebol, dando-lhes uma oportunidade única para estar perto dos seus ídolos.
As crianças, com idades compreendidas entre os 8 e 10 anos foram cumprimentando todos os 22 jogadores da Nossa Selecção, bem como pela equipa técnica nacional, e não perderam a ocasião para solicitar o tão desejado autógrafo em fotografias, bandeiras e camisolas.
Eis clubes que participaram nesta iniciativa:
Clube de Futebol de Estremoz
Juventude Sport Clube (Évora)
Sport Clube Alcaçovense (Alcáçovas)
Desportivo e Recreativo dos Canavais (Évora)
Lusitano Ginásio Clube (Évora)
Grupo União Sport Monetmor o Novo)
Redondense Futebol Clube (Redondo)
O Director Técnico da Associação de Futebol de Évora, Professor Rui Batista, acompanhou todo o processo, colaborando nos aspectos logísticos.
Nuno Canelas
*O meu muito obrigado ao Nuno Canelas que me enviou este texto e a fotografia.
Espero que iniciativas como esta em que os leitores colaboram enviando temas do seu interesse, mas que afinal acabam por interessar a toda a gente, se voltem a repetir o maior número de vezes possível .
Por que abandonamos nós as nossas raízes em função do crescimento?
B.Borges
Em relação ao anúncio feito pelo governo no que diz respeito à diminuição da taxa de desemprego pode ler-se aqui sobre o tema e desta forma ficar um pouco mais esclarecido sobre este assunto que tem dominado a agenda política dos últimos dias.
rmgv
Hoje podemos assistir a mais uma manifestação da função pública em Lisboa. Até ai tudo bem pois todos temos o direito a greve seja ela justa ao não.
Mas o que me causou alguma revolta nesta manifestação foi uma das frases de ordem utilizadas, gritavam assim os funcionários públicos, cheios de convicção: “direitos conquistados não podem ser roubados!”, pois bem mas o dinheiro dos contribuintes pode ser “roubado” ou mal aplicado se for menos ofensivo, a pagar ordenados a muito destes funcionários, quando a sua produtividade o ou é negativa ou está muito próxima de zero. A minha critica já mais se pode generalizar a toda a função pública, pois também existem pessoas que trabalham e que suam a sua camisola, mas pelo desempenho de Portugal a muitos níveis acredito que certamente estas estão em minoria.
Será que muitos desses direitos não têm que ser perdidos em função da racionalidade económica/financeira que a nossa situação exige?
Será que somos todos patriotas, mas só até ao momento em que nos cabe a nós com o nosso sacrifício ajudar a nossa nação a sair de uma situação que não é de forma alguma positiva.
Como resolver os problemas destes funcionários públicos, que pensam que o Estado é a Santa Casa da Misericórdia? Em parte este problema existe por cargas político/demagógicas que são impregnadas por muitos sindicatos que tem como única função não defender os trabalhadores, mas sim defender lobis que são estão cheios de pessoas que fazem muito pouco e pela única coisa que sempre lutaram foi ter um
“Tacho” na função pública para que assim possam ter uma vida descansada com o dinheiro na conta ao fim do mês e sem se cansarem muito.
Pois bem penso que isto poderia ser resolvido com a privatização de muitos sectores, pois se isto já está a acontecer na saúde e na educação, porque não em muitos outros.
Os privados com tem com principal objectivo a obtenção do máximo lucro económico vão exigir que os seus trabalhadores sejam o mais rentáveis possíveis e assim toda a sociedade ficariam sem duvida nenhuma a ganhar.
Gostaria de fazer uma nota final, para o papel que o estado teria num sociedade onde o sector privado fosse dominante, o estado seria regulador e não permitiria que os privados tivessem como único e exclusivo objectivo o máximo lucro económico, mas também uma preocupação com o bem estar da sociedade em geral, com aspectos sociais, ambientais, etc.
É claro que é necessária coragem política para fazer estas reformas tão importantes, mas enquanto os partidos políticos (principalmente os de poder), não as fazem para não correm o risco de derrotas devido ao descontentamento de parte da população, quem paga a factura é a sociedade
rmgv
Tive um sonho, acordado, um delírio, uma fantasia. Venho partilhar e implorar, leiam com boa vontade e desprendimento. Se conseguirem chegar ao fim será uma consolação, não estarei só, de outros sonhadores e fantasistas estarei acompanhado.
"Levantei-me e fui ver a minha agenda para hoje. Tinha que fazer a declaração do IVA, pedir uma certidão à Segurança Social, obter uma cópia do pacto social de uma empresa, fazer um aumento de capital, e mais uma porção de tarefas, que não vale a pena enumerar.
Ao acabar de ler uma lista enorme senti, por um momento, uma ânsia, quase desespero que, felizmente, logo se dissipou. Afinal com o novo SIMPLEX GLOBAL tudo se resolveria em poucos minutos com uma eventual deslocação aos serviços locais de apoio ao cidadão.
E comecei. Sentei-me ao meu PCADSLSG (Computador pessoal alta velocidade super grátis, existente em todas as casas, empresas,instituições, etc. ) e liguei ao serviço TPC (tudo para o cidadão), identifiquei-me com a introdução do nº do meu cartão MUE (multiusos europeu) e rapidamente fiz a declaração, pedi certidões, recebi cópias (online), paguei contas, confirmei o horário do exame do meu neto, fiz uma reclamação sobre o serviço de águas e marquei uma consulta no CS com resposta imediata, dia e hora.
Depois de ter resolvido um monte de assuntos, ficou-me ainda um que, pensei, requeria uma deslocação à delegação da minha autarquia. Com efeito, esclareça-se, só temos no País 18 Concelhos, e nenhuma freguesia. Mas temos em cada cidade ou vila (e até nalgumas aldeias mais isoladas) uma delegação camarária ou CAGC (centro de apoio generalizado ao cidadão),
Fui, portanto, ao CAGC da minha Vila para falar com um técnico sobre uma obra que pretendia fazer, algo que não tinha conseguido através dos serviços na NET . O técnico ouviu-me e ligou para o Concelho Distrital. Após uma rápida explicação foi posto em contacto com um especialista, sediado na capital, com o qual tive uma conferência imediata. Concluída esta foi-me dito que receberia no prazo máximo de 24 horas uma resposta, incluindo uma autorização de obras.
No regresso, caminhando, vi com satisfação que as ruas estavam impecáveis, bem conservadas, limpas, com sinalização clara e sem falhas. Vi e admirei os jardins, os monumentos, a iluminação. As empresas privadas que asseguravam todo este trabalho estavam a cumprir os seus contratos, com trabalhadores bem preparados e justamente pagos.
Vi também passar uma viatura da GNSIF (guarda nacional de segurança, incêndios e fiscalização local), uma presença regular e apreciada pelos cidadãos. "
E acordei. Mas este sonho fantástico deixou-me a pensar. Precisaremos de ter 308 concelhos e mais de 3000 freguesias, envolvendo centenas de milhares de pessoas para administrar os assuntos locais?
E ainda discutimos a criação de mais entidades, caso das Regiões, com mais pessoal, mas no fundo para gerir os mesmos problemas. Andamos à volta dos assuntos e quedamo-nos mais na divisão ou partilha dos poderes, do que na transformação total do sistema que se criou. Uma simples palavra contém a chave para um novo poder (local e central): simplificar, acreditar e controlar.
Temos assistido, nos últimos dias/semanas, a uma discussão acesa sobre o encerramento de várias maternidades pelo país fora, mas sobretudo nas regiões do interior, como no Alentejo.
O Ministro justifica a medida com razões técnicas e económicas. Que as maternidades condenadas não têm condições para garantir os níveis de segurança indispensáveis às parturientes, etc. Penso que o Ministro tem razão.
Mas muita gente, desde políticos da oposição até aos habitantes das zonas onde as maternidades existentes serão eliminadas, contestam a decisão governamental. E aqui a minha reacção é mais complexa, pois é simultaneamente de desacordo e de concordância.
Só que esta se coloca, na minha opinião, num plano mais abrangente. Para mim fecharem as tais maternidades é uma medida correcta num sistema que vem, de há muitos anos, a apoiar, incentivar e até forçar a centralização dos poderes, no sentido mais amplo da palavra, no litoral e sobretudo na zona da grande Lisboa.
O fechar escolas, maternidades, postos da GNR, estações de comboios e de correios, centros de saúde e cinemas é o reflexo de uma política que, metódica e persistentemente, tem agravado e acentuado o carácter periférico das regiões interiores e a sua desertificação humana e geográfica.
E chegamos a um ponto em que até aceitamos decisões como a do fecho de algumas maternidades. É a lógica irrefutável de uma situação insuportável gerada por anos e anos de abandono. Porque a questão que deveríamos discutir é apenas uma: como devolver a vida ao nosso interior, desde Trás-os-Montes até ao Alentejo?
Com mais população, com mais desenvolvimento, com mais poder local, com mais meios, então em vez de se fecharem maternidades e escolas, teriam que se melhorar, ampliar, as existentes e até criar novas.
Porque é que Badajoz, por exemplo, tem serviços capazes de suprirem as necessidades dos seus habitantes e ainda de outros de cidades/vilas de um país que não é o deles? E Badajoz está muito mais lonje de Madrid do que Elvas está de Lisboa.
A luta aqui no Alentejo, como em todo o interior, tem que se centrar na mudança, radical, de um sistema que cria "monstruosidades ", esvaziando a maior parte do país. As grandes áreas urbanas de Lisboa, sobretudo, do Porto e da faixa litoral entre aqueles dois pólos secam (ou fecham) a vida do interior.
As panaceias que os Governos, de diversas cores, aplicam num interior moribundo não resolvem o problema. É evidente, consensual, para quem vive longe de Lisboa, que o nosso poder é demasiado fraco para ser ouvido com respeito pelos Governos CENTRAIS (náo estou a falar de partidos).
O Alentejo tem menos votantes do que 2 ou 3 concelhos da área metropolitana de Lisboa (Loures, Amadora e Cascais, por exemplo).
Portanto a questão é de forças e não de equilíbrios.
AC
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