Queremos "estado" social que, naturalmente, se entende por um estado que nos garante os melhores serviços de saúde, a melhor educação, a justiça rápida e eficaz. O estado que nos garante a segurança, interna e externa. O estado que nos garante uma reforma tranquila e segura.
Queremos justamente o melhor ou, pelo menos, o melhor possível. E isso é missão do estado. E só o estado (de uma forma o de outra) nos pode garantir o melhor, assumindo todas as responsabilidades: garantir os recursos financeiros necessários, escolher os melhores profissionais em cada área, assegurar o bom funcionamento de todas as estruturas materiais e imateriais, gerir da melhor forma todos os recursos, assegurando eficiência, resultados e custos justos e comportáveis.
Ou poderemos desejar o melhor, mesmo que seja necessário limitar, restringir, o papel do estado?
Julgo que boa parte do discurso e discussão dos políticos comporta duas causas fundamentais, que divergem ideologicamente. E que se pode traduzir simplistamente numa questão: mais ou menos estado.
A questão não está em termos ou não os serviços sociais que, na realidade, a todos interessam. Todos queremos boa educação, mas será o estado o melhor gestor das funcionalidades pertinentes desta área?
Todos queremos serviços de saúde de qualidade, se possível gratuitos para toda a gente, mas será o estado capaz de gerir e suportar todos os encargos e responsabilidades?
Todos queremos, em termos gerais, o mesmo. Mas discutimos e discutiremos como alcançar os melhores resultados. Basicamente duas soluções:
- Um estado pesado, enorme, presente em todas as atividades sociais (e não só). Um estado que faz a lei, que a implementa, que a poe em prática, que a executa, que a fiscaliza, que louva ou castiga os intervenientes.
- Ou um estado que define, legisla, controla e exige, mas não executa. Este estado dá a outras entidades, privadas, a gestão dos serviços e escolhe o melhor, exige, castiga e substitui se necessário.
Um estado que tudo faz, mas não se responsabiliza, que só pode aparentemente ser "castigado" pela mudança dos seus executores. Isto é pelo sufrágio popular de tantos em tantos anos.
Em termos políticos, filosóficos ou o que lhe queiram chamar a questão principal é esta. O povinho quer o mesmo, isto é os melhores serviços sociais possíveis. Os políticos dizem que também querem o mesmo, argumentando com teorias elaboradas, ideologias apuradas e debatidas, em discussões sem fim e, por vezes agressões de todo o tipo.
Terá que ser sempre assim? Será que esta luta é realmente travada pelo bem comum ou não se estará a derivar, cada vez mais, para uma luta de interesses partidários e egoístas?
Será que acreditamos que o "nosso" partido é melhor do que os outros e só porque o são têm sempre as melhores soluções?
Algo está errado. E o erro pode estar no tipo de democracia representativa em que vivemos. Mantemos a nossa liberdade, mas cada vez participamos menos.
O poder centraliza-se, concentra-se, absorve todas as funções. Tem o poder, a cenoura e o chicote.
E, assustadoramente, vemos cada vez mais pessoas e alguns políticos a "empurrar" o país para uma situação tão desesperada que possibilite a aparição de um qualquer messias que nos salvará a troco da nossa liberdade.
Quanto mais "damos" ao estado central, mais agravos se acumulam. A resposta estará em mais participação, a todos os níveis. A diminuir a acumulação de pessoas, serviços, regalias, em grandes áreas urbanas.
O crescimento constante e rápido das grandes urbes restringe as liberdades, concentra poderes, absorve recursos e esconde comportamentos.
Iremos ainda a tempo de descentralizar o poder? Cada vez será mais difícil.
Um exemplo, talvez um mau exemplo, mas veja-se o caso da reformulação do quadro administrativo do país. Uma pequena freguesia extingue-se e os "poderes" (por poucos e limitados que sejam) passam para outra entidade.
Nada a fazer. Já vamos tarde. As freguesias e os concelhos irão sendo eliminados, até à centralização total.
Claro que isto é apenas uma imagem, um exagero, mas…O que será o futuro? O deles, políticos, e o nosso, cidadãos mudos e amorfos? Ou será ainda possível mudar de rumo?
AC
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