Feliz ao lado de Paulo Sousa e Costa, a manequim desvaloriza a importância do casamento, ao contrário da maternidade, que continua a querer concretizar. Até lá, delicia-se com o filho do namorado, Paulinho. Com um ‘look’ mais discreto, numa tentativa de apagar uma imagem errada que têm de si, quer vingar na televisão.
- Como está a ser o seu Verão?
- Está a correr bem. Tenho estado a trabalhar bastante. Também já estive uma semana de férias com o Paulo e o filho dele, o Paulinho, em Évora. Soube muito bem. Já há muito tempo que não estava num hotel sem ninguém a chatear-me, completamente descansada.
- E em termos de trabalho, o que tem feito?
- Tenho feito desfiles e apresentação de espectáculos.
- Neste momento está afastada da televisão...
- Sim, quando se acaba um projecto há sempre um período em que se está parada. Aparecerão depois outros projectos.
- A instabilidade da vida de manequim e de apresentadora assusta-a?
- Estou com 27 anos e já penso em fazer outras coisas paralelamente a isto, para ter mais estabilidade no futuro. Sou muito consciente e sei que as coisas não duram para sempre. Felizmente, tenho feito várias coisas. Sou manequim, apresentei dois programas de televisão e outros espectáculos, faço desfiles, já fiz dobragens, volta e meia trabalho como relações-públicas... Tenho várias coisas que me dão estabilidade, dentro da instabilidade. Além disso, eu e o Paulo queremos desenvolver outros projectos.
- Um desses projectos é a acção que estão a desenvolver com idosos?
- Sim. Criámos o ‘Be Happy’, que é um conceito de solidariedade que eu e o Paulo temos. Queremos passar um sorriso a pessoas que, infelizmente, estão em instituições da Santa Casa da Misericórdia. É interessante, porque com pouco podemos fazer a diferença. Somos capazes de fazer um dia diferente na vida das pessoas. Levamos uma maquilhadora connosco e passamos a mensagem da importância da imagem na vida de todos. Também há pessoas que nos conhecem, que querem saber como somos, e nós damos-lhes atenção.
- Esse projecto é meramente solidário ou também tem fins lucrativos?
- Não recebemos nada. É só solidariedade.
- Porque é que escolheram trabalhar com esta classe etária?
- Tenho uma amiga que é psicóloga e pediu-me que fosse passar um dia a uma instituição. Eu aceitei, mas quis ir com um propósito. Então, sempre que vamos, temos uma parte teórica, depois maquilhamo-los e vamos fotografar. É cansativo, mas no final sentimo-nos muito enriquecidos. A importância deste projecto é também divulgar estas instituições, que necessitam de apoios. Queremos ir a cada vez mais sítios, dentro das nossas agendas, porque também precisamos de ganhar dinheiro.
- Voltando à televisão, apresentou recentemente um programa em directo, como sempre quis, o ‘Mesmo a Tempo’. Como foi a experiência?
- Gostei muito do convite que o Nuno Santos me fez. Na altura, o ‘Mesmo a Tempo’ era uma grande aposta da SIC no horário nobre. Foi um grande desafio, porque nunca tinha feito directos. Gosto muito de trabalhar em televisão, sinto-me mesmo muito feliz quando isso acontece. Ainda estou a aprender, como é óbvio, mas sinto-me muito à vontade, e acho que transmiti isso cá para fora. Parece-me que as pessoas gostaram do meu trabalho.
- É na área da apresentação que se sente mais realizada?
- Sem dúvida. Sinto-me como um peixe dentro de água. Gosto de comunicar com o público. Além disso, no ‘Carlsberg Cup’, o primeiro programa que apresentei, juntei a aquisição de experiência ao facto de estar a aprender sobre um assunto, que naquele caso foi o futebol. Ainda não posso dizer que me sinta realizada, porque tenho muito para fazer, mas se tivesse que escolher entre moda e apresentação escolhia a segunda.
- A moda tem um papel secundário neste momento?
- Há sonhos que ainda tenho na moda. Gostava de fazer certas capas de revistas femininas e de moda em Portugal. Ao longo da minha vida, as coisas foram muito difíceis de acontecer, fruto do facto de me verem de uma maneira errada. Agora estou noutra fase, penso que as pessoas já me vêem de uma maneira diferente e as coisas ainda podem acontecer. A nível internacional, gostava de fazer um desfile de Valentino ou Victoria Secrets, mas isso sei que não vai acontecer. Há pessoas que têm como objectivo fazer carreira internacional, eu nunca tive, também porque tinha que ter uma base financeira. Sempre vivi à custa do meu trabalho e não tive pais que me pagassem as coisas. Mas consegui encontrar o meu lugar.
- Então acredita que, ao longo da sua carreira, foi prejudicada por uma imagem errada que têm de si?
- Em algumas coisas, sim. Olho para trás e vejo que nada do que fiz foi fácil. Mas também tem outro sabor. Sei que tenho uma imagem completamente diferente da que tinha quando apareci. É melhor, muito melhor.
- Arrepende-se da maneira como surgiu?
- Aprendi muito com tudo o que fiz. Claro que percebi que se calhar escolhi o caminho mais longo, mas consegui. Quando as pessoas que têm uma imagem errada de mim me conhecem ficam sempre surpreendidas. Não se deve julgar as pessoas pela primeira imagem nem criar estereótipos.
- O que é que acha que as pessoas pensam de si?
- Sou muito acarinhada, as pessoas gostam de mim. Sinto que muita gente me vê como um exemplo, devido ao meu percurso. Estou sempre disponível e não sou vedeta. Claro que não tolero faltas de respeito, mas as pessoas que vêm ter comigo são sempre simpáticas. Foi para isso que trabalhei.
- Entretanto, deixou a Face Models e está a trabalhar sozinha. Porquê essa decisão?
- Agora, sempre que alguém me quiser contactar para trabalhar fá-lo através do meu site. Optei por trabalhar sozinha, porque há um tempo para tudo. Estava lá há cinco anos. Gosto muito da Fátima [Lopes], é um exemplo como empresária e mulher, é superempreendedora, e ajudou-me muito na minha carreira. Mas eu senti que era um ciclo que se estava a fechar. Acho que já não ia evoluir mais, não ia ‘sugar’ nada de novo.
- A Fátima Lopes aceitou bem a sua decisão?
- Eu disse-lhe que o ciclo chegou ao fim e ela percebeu perfeitamente. Já me tinha dito, há uns tempos, que eu sou a melhor relações públicas de mim própria. Ela sabe o quanto trabalhei. Não sou uma pessoa de ficar quieta e sempre procurei coisas por mim. Da minha procura surgiram muitos frutos.
- Neste momento, a sua forma de subsistência é a moda?
- É, sim.
- Mudou de imagem nos últimos tempos. Porquê?
- As mulheres, muitas vezes, são vistas como o sexo mais fraco; há a ideia de que se se é bonita também se é burra. Há estereótipos que são uma estupidez. Surgi neste mundo com 19 anos e deixei de me identificar com algumas coisas. Achei que era a altura de mudar. É ridículo, mas desde que mudei a cor do cabelo dizem-me que tenho uma imagem mais credível, mais respeitável.
- Não quer que as pessoas a considerem uma ‘sex symbol’?
- Não. Percebo que me vejam como tal mas eu não me considero. Por trás daquele cabelo louro e do corpo exuberante, eu era uma menina. Agora tudo mudou: quero realizar um sonho, que é ser apresentadora de televisão, e preciso de ter uma imagem séria. Para nos respeitarem temos que nos dar ao respeito; eu sempre dei, mas a forma como me vestia influenciou a forma como pensavam de mim.
- Já foi publicado que foi o Paulo quem a influenciou a mudar. É verdade?
- É claro que um casal se influencia mutuamente. Eu estou ligada ao Paulo e ele também mudou. Quando é para o nosso bem e felicidade, não há problema. Na maneira de vestir, estamos sempre a dar sugestões um ao outro, principalmente ele, que é um óptimo consultor de imagem.
- Não houve uma imposição, portanto?
- Claro que não. Quiseram denegrir a imagem do Paulo e a minha. É verdade que estou mais discreta, mas estou bem. Quero apostar numa imagem cada vez mais credível, para que apostem em mim. Não quero ser uma tontinha que anda por aí a vangloriar-se do corpo. Não somos iguais uma vida inteira. Tudo tem uma fase.
- Namora com o Paulo há mais de um ano. O casamento está fora dos planos?
- Nunca achei o casamento importante. O Paulo é que já foi casado. Vivemos bem um com o outro. As pessoas, às vezes, vivem num conto de fadas errado. Querem fazer tudo muito rápido e divorciam-se a seguir porque tudo falha. Na minha maneira de ver as coisas, temos de conhecer muito bem a outra pessoa para casar e ter um filho. No nosso caso, tudo irá acontecer no momento certo. Já me sinto casada com o Paulo, porque a nossa vida não é muito diferente da de uma pessoa que está casada. Vivemos em comum desde que começámos a namorar, pensamos um no outro, fazemos uma vida de casal. Só não há um papel assinado.
- Independentemente de casarem ou não, pensam aumentar a família?
- O Paulinho é uma criança muito feliz. É claro que era giro se tivéssemos mais uma criança. Quando acontecer, vai ser no momento que acharmos mais adequado.
- Ainda não sentiu o instinto maternal?
- Acho muito bonito criar um ser dentro de mim, sentir a evolução, ver as parecenças, ver o reflexo da educação na criança, mas ainda é cedo. Há momentos para tudo. O relógio biológico tem fases. Às vezes está mais adormecido, outras está mais acordado.
- O facto de lidar com o Paulinho não despertou em si uma maior vontade de ser mãe?
- Não. Com o Paulinho estou a aprender umas coisas, mas não chegou a hora.
- Sente-se como uma segunda mãe?
- Não. O Paulinho tem uma mãe e um pai, os dois são excelentes na educação dele. Eu sou a namorada do pai que o acompanha quando estamos juntos. Sou amiga dele, é só isso.
- Como é a vossa relação?
- Ele é adorável. É muito adulto, dá respostas engraçadas. Damo-nos bem, mas as coisas são bem separadas.
- E a relação como o Paulo, evoluiu de paixão para amor?
- Continuamos apaixonados. É claro que as coisas são diferentes, mas considero que vivemos em paixão.
- Qual é o vosso segredo?
- Quando andamos felizes e gostamos um do outro, as coisas são assim. Há muito respeito e amor.
- O que a levou a apaixonar-se por ele?
- É uma pessoa muito inteligente e com um forte sentido de humor. É muito especial, cavalheiro e romântico. Ele tem todas as características que as mulheres sonham encontrar num homem.
- Como é que ele é em casa?
- É um exemplo. Faz tudo.
- E a Carla como é como dona-de-casa?
- Adoro cozinhar e também faço tudo. Fazemos muitas jantaradas para os amigos.
- Mantém uma silhueta invejável. Qual é o truque?
- Como bastante, mas tem que haver um equilíbrio, e faço bastante exercício físico.
- Aumentou o peito há alguns anos. Pensa voltar a recorrer à cirurgia estética?
- Não. Já corrigi a única coisa com a qual não me sentia à vontade. Agora estou bem.
INTIMIDADES
- Quem gostaria de convidar para um jantar a dois?
- O meu Paulinho é a companhia ideal.
- Não consigo resistir a...
- ... a um prato de comida. Adoro comer.
- Se pudesse, o que mudava em si, no corpo e no feitio?
- No corpo, não mudava nada. No feitio, tenho que ser mais ‘durona’. Às vezes, há pessoas que merecem que eu seja mais directa e mais dura nas minhas atitudes.
- Sinto-me melhor quando...
- ... faço exercício físico. É uma rotina de que não prescindo.
- O que não suporta no sexo oposto?
- Não gosto de homens desarrumados. No entanto, por acaso, tenho sorte, visto que o Paulo é superorganizado.
- Qual é o seu pequeno crime diário?
- Não me lembro de nenhum. Não tenho vícios, acho que também não tenho crimes.
- O que seria capaz de fazer por amor?
- Tudo. Quando se está apaixonada, tudo vale a pena. Além disso, todos os pequenos gestos se tornam especiais.
- Complete. A minha vida é...
- ... fruto do meu trabalho.
PERFIL
Carla Matadinho tem 27 anos e ganhou visibilidade em 2002 ao vencer o concurso Miss Playboy TV. Foi manequim da Face Models, mas actualmente trabalha sozinha. Tem apostado em formação na área da televisão e apresentou ‘Mesmo a Tempo’ (SIC).
Retirado do http://www.vidas.xl.pt/
Editado por António Costa da Silva
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