As seis condições de Cavaco Silva estão na linha das preocupações que, de uma forma ou de outra, têm estado nos seus discursos. As moções de confiança, os orçamentos e o cumprimento das regras orçamentais do euro – e são condições que o PS já disse querer cumprir. Mas para Cavaco não basta, é necessário que estejam no dito acordo de forma explícita. Bem.

Depois, o Presidente – que ainda tem dois meses de vida política ativa – quer mais, quer garantias na concertação social, na estabilidade do sistema financeiro e na participação do Estado português na NATO. Percebe-se? Sim, porque já ouvimos o novo dono disto tudo – Arménio Carlos – a dizer que o salário mínimo só depende do governo, sabemos que o PCP e o BE querem a nacionalização da banca e também já percebemos todos que, perante a nova estratégia do Estado Islâmico, a natureza securitária da Europa e do Ocidente vai mudar, e aumentar.

É claro que se o Presidente quiser ‘apenas’ a garantia de António Costa, o governo PS terá o caminho livre. Mas se Cavaco exigir que estas condições passem para o papel, para a posição conjunta, o desfecho não será tão óbvio, porque o PCP e o BE difícilmente darão mais do que o pouco que deram.

Costa tem de responder já, sob pena de mostrar a Cavaco, e sobretudo aos portugueses, que não tem um governo estável, coerente e duradouro.

As escolhas:

A Europa está sitiada, Bruxelas parece uma cidade-fantasma tomada pelas ameaças e pelo medo. À resposta imediata ao risco de novos atentados terroristas, a Europa e o mundo, que estão do lado certo da história – porque há um lado certo nesta história – têm de dar novos passos. E são difíceis. Mais segurança, mais cooperação internacional com parceiros tantas vezes desavindos, é resposta militar no terreno. Acompanhe, aqui, no SAPO24, as últimas notícias sobre o nosso (novo) mundo.

SAPO - artigo do (outro) A. Costa

AC