Fortunato José Milhano
A: Então que história é essa do sobreiro?
Milhano: A história do sobreiro, andávamos lá 10 ou 12 e todos fugiam do sobreiro no monte dos carvalhos.
A: Fugiam do sobreiro? Porquê?
Milhano: Tinham medo de subir.
A: Ah, para tirar a cortiça?
Milhano: Sim. E depois eu com um camarada que era o Custódio dos Carneiros, disseram-nos: “vocês vão lá, vocês dão-se bem a fazer o serviço.” De maneiras que fomos.
A: Foram os dois?
Milhano: Fomos os dois, tirámos o sobreiro e foi inteiro para a fábrica do Montijo.
A: A casca toda?
Milhano: Sim, a cortiça toda, o sobreiro completo.
A: Quantos quilos é que pesaria essa cortiça?
Milhano: Aquilo era um sobreiro que é enorme.
A: Pesava 100kg?
Milhano: Mais!
A: Arrobas?
Milhano: Isso arrobas.
A: Quantas arrobas? Mais ou menos? 10 arrobas?
Milhano: Sim, capaz disso, para ai 10 ou 11.
A: 10 arrobas eram para ai 150kg, não é? Uma arroba é 15kg.
Milhano: É, 15 kg.
A: Portanto, 10 arrobas para 150kg.
Milhano: Pois, dependia do sobreiro.
A: Pois.
Milhano: E então, eu com o meu companheiro, que era esse rapazito que é o Custódio dos Carneiros.
A: E como é que subiu até lá a cima?
Milhano: Tivemos que subir, eles tinham medo deles. Fugiam mesmo, quando viam um sobreiro manhoso, fugiam, um para um lado outro para o outro.
A: E nunca caiu?
Milhano: Não. As pessoas é que diziam: “Eh, como é que o Milhano foi capaz de ir lá tirar o sobreiro?”
A: E o sobreiro ainda existe?
Milhano: Sim, sim.
A: Ainda? Onde é que está esse sobreiro?
Milhano: No monte dos carvalhos. Lá no ribeiro.
A: Então já está ainda maior, não?
Milhano: Sim.
A: Então um dia temos que lá ir ver.
Milhano: E então um corvo fazia sempre lá um ninho.
A: Sempre?
Milhano: Sempre. Todos os anos, é que aquilo, ninguém lá ia. Ninguém fazia mal. E ele fazia o ninho lá em cima e eu tive lá com os corvinhos pequeninos.
A: Nunca estragaram o ninho.
Milhano: Não, senhor.
A: E quantos corvinhos é que nasciam de cada vez?
Milhano: Dois.
A: Podiam baptizar os corvozinhos.
Milhano: Era, eram corvos.
A: É uma ave bonita, não é?
Milhano: É e na Suíça há muitíssimos. É aos bandos. Mas aqui não.
A: São poucos.
Milhano: Aqui dão cabo de tudo. Destroem tudo.
A: Tudo o que esteja a voar leva tiro, não é?
Milhano: É, não há dó.
AC
Alcáçovas
Beco Cabeças Manuel
7090-020 Alcáçovas
+351 967 095 954
http://alcacovas.cruzvermelha.pt
Editado por António Costa da Silva
Sobre o Nosso Núcleo ainda há pouco para contar, só no dia 19 de Junho de 2011 é que foi fundado
Denominação
A Fraternidade de Nuno Álvares (FNA) é uma Associação privada de fiéis, de âmbito nacional, sem fins lucrativos, constituída por antigos filiados do Corpo Nacional de Escutas (CNE) – Escutismo Católico Português, que deixaram o activo naquela Associação.
Fins
A FNA tem por Fins:
Site do FNA Núcleo das Alcáçovas: http://fnanucleodealcacovas.webnode.pt
Editado por António Costa da Silva
"Não diga tudo quanto sabes
não faças tudo quanto podes
não creias em tudo quanto ouves
não gastes tudo quanto tens
porque
quem diz tudo quanto sabe
quem faz tudo quanto pode
quem crê em tudo quanto ouve
quem gasta tudo quanto tem
muitas vezes
diz o que não convém
faz o que não deve
julga o que não vê
gasta o que não pode"
-- Provérbio Árabe
Até parece ter sido feito para portugueses.
AC
Uma pintura que ilustra um homem que escapou à morte, depois de esfaqueado por quem lhe tentou roubar a mula, é o mais antigo ex-voto, datado de 1754, integrado numa exposição que está patente em Évora.
Na peça, pode-se ver o homem “com uma facada” na barriga e de “tripas na mão” depois de agredido por “um ladrão que lhe tentou roubar a mula”, relatou à Agência Lusa a especialista Ana Helena Duarte.
Mas, acrescentou a investigadora e professora universitária brasileira, “por milagre de Nossa Senhora, o ladrão foi preso e o homem foi curado, ficando livre da morte”.
Este é o quadro mais antigo da exposição “Ex-votos Pintados”, que está patente até 17 de fevereiro na Galeria da Casa de Burgos, em Évora.
A mostra reúne ex-votos e imagens destes provenientes dos principais centros de peregrinação do Alentejo e de um importante santuário no Brasil.
A especialista explicou que os ex-votos, que podem estar representados através de “uma grande diversidade” de objetos, são uma “representação de fé”, a que as pessoas recorrem como “uma forma de oferta e gratidão” para com o “ser celeste” num “momento de conflito”.
Os “pedidos” dos fiéis estavam relacionados, sobretudo, com doenças, o que significa que “a medicina não chegava às pessoas”, frisou Ana Helena Duarte, que estudou, durante quatro meses, o espólio dos quatro principais centros de peregrinação do Alentejo.
Segundo a investigadora, a “oferta” destas peças aos santuários ainda hoje “continua e em grande volume”, mas, com o passar dos anos, as suas formas de representação alteraram-se, sobretudo, depois do aparecimento da fotografia.
Maria Helena Duarte defende que será “quase impossível” este tipo de devoção perder-se no tempo. Até porque os responsáveis pelos santuários “já perceberam a importância que esses objetos têm” para criar “movimentação e efervescência” naqueles locais religiosos.
“A potência dessa fé não vai ser interrompida” porque também se trata de uma “devoção popular, pessoal e muito forte”, sublinhou.
A mostra em Évora reúne 26 ex-votos, dos quais 23 pinturas e três bordados, dos santuários alentejanos de Senhor Jesus da Piedade (Elvas), Nossa Senhora da Visitação (Montemor-o-Novo), Nossa Senhora do Carmo (Azaruja, no concelho de Évora) e de Nossa Senhora D’Aires (Viana do Alentejo).
A exposição integra ainda cerca de uma dezena de fotografias da coleção de ex-votos do Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, de Congonhas do Campo, no estado brasileiro de Minas Gerais e considerado um dos grandes centros de peregrinação daquele país.
Organizada pela Direcção Regional de Cultura do Alentejo, em parceria com os santuários alentejanos, a iniciativa resulta da tese de doutoramento de Ana Helena Duarte, artista plástica e professora do Departamento de Artes Plásticas da Universidade Federal de Uberlândia (Brasil).
@Lusa
Editado por António Costa da Silva
Algumas da ETAR´S do Concelho de Viana do Alentejo
Durante a realização do estágio curricular na Unidade de Saúde Pública tivemos a oportunidade de efectuar uma visita guiada a alguma ETAR´S do concelho no sentido de poder conhecer o seu processo de funcionamento. Esta visita é realizada no âmbito do Conteúdo Funcional do Técnico de Saúde Ambiental, Decreto-Lei 117/95, de 30 de Maio na área da protecção sanitária básica e luta contra meios e agentes de transmissão de doenças, procurando, deste modo, conhecer a qualidade dessas mesmas águas residuais e as respectivas descargas após tratamento no meio hídrico.
Esta visita foi guiada pela Engenheira Ana Serrano das Águas Públicas do Alentejo, entidade responsável pela gestão das ETAR´S do concelho, sendo que foi-nos dado a conhecer que a gestão das ETAR´S passará a ser responsabilidade de uma empresa externa após adjudicação por concurso público.
Numa localidade encontrámos duas ETAR´S, uma localizada a Sul e outra localizada a Norte da referida localidade.
A ETAR localizada a Sul é a mais recente, data de 2009, sendo uma ETAR compacta com funcionamento através de um Reactor Biológico, sem antes de passar pela obra de entrada onde é realizado uma gradagem, tratamento de águas residuais brutas e tem como objectivo a remoção de sólidos grosseiros à entrada de uma Estação de águas Residuais.
A remoção dos sólidos grosseiros tem as seguintes finalidades:
- Protecção de dispositivos de transporte e tratamento a jusante;
- Eliminação de sólidos grosseiros nos meios receptores (sólidos grosseiros flutuantes);
- Aumento da eficiência de tratamento do sistema, pela eliminação inicial de matéria orgânica.
Após a passagem pela obra de entrada, as águas residuais entram no reactor biológico enterrado, sendo a água residual arejada artificialmente através de um sistema de introdução forçada de ar. Ocorre o contacto entre a matéria orgânica presente na água residual e os microorganismos responsáveis pelo processo de oxidação. O processo decorre a nível da massa biologicamente activa na água residual resultante do processo de floculação das partículas coloidais e inorgânicas e de células vivas, principalmente as bactérias e protozoários, as denominadas lamas activadas. Deste processo resulta a transformação da matéria orgânica em materiais mineralizados e decantáveis.
O arejamento assegura a degradação biológica aeróbia do efluente, garantindo-se deste modo elevados níveis de tratamento e a ausência de odores desagradáveis. Os níveis de ruído gerados pelo soprador são desprezáveis.
O arejamento da massa líquida será efectuado através de um sistema de difusão por bolha fina de alto rendimento, constituído por um conjunto de Difusores de EPDM (Sistema Anti-Colmatação) alimentados por um electro-soprador de canal lateral.
O sistema de difusão por bolha fina representa um avanço tecnológico relativamente aos sistemas de arejamento tradicionais uma vez que apresenta as seguintes vantagens técnicas:
• Distribuição Homogénea do Ar introduzido no Bioreactor, garantindo uma mistura completa do “Licor Misto” e evitando zonas localizadas de perturbação, com potencial quebra dos flocos biológicos gerados;
• Elevado Coeficiente de Transferência de O2 para a massa líquida, relativamente aos sistemas tradicionais, com consequente redução do consumo de energia verificado na Operação de Arejamento;
• Eliminação de fenómenos de colmatação, através da utilização de Difusores em EPDM em detrimento dos tradicionais Difusores Cerâmicos;
• Ausência de equipamentos electromecânicos submersos, facilitando a identificação de potenciais anomalias e operações de manutenção preventiva e/ou correctiva.
Posteriormente à passagem pelo reactor biológico, as águas residuais sofrem uma decantação secundária, a água separa-se por simples decantação no decantador ou clarificador, sendo a água tratada evacuada por descarregadores de superfície. Uma parte das lamas é recirculada por bombagem para o tanque de arejamento de forma a manter constante a população bacteriana. Os ciclos de funcionamento poderão ser ajustados, no decurso da exploração do sistema, tendo em conta as condições reais de afluência.
O controlo analítico do efluente tratado será efectuado numa caixa de amostragem colocada a jusante do sistema de tratamento. As lamas em excesso (de quantidade reduzida em sistemas de baixa carga) serão removidas periodicamente e conduzidas a destino final, podendo equacionar-se a sua valorização agrícola como correctivo orgânico.
Esta ETAR embora recente apresenta algumas deficiências pelo facto de não ter um processo de desengorduramento no tratamento das águas residuais, em alturas de elevada pluviosidade, a ETAR tem dificuldades para efectuar o tratamento total, ocorrendo, desta forma, descarga directa no meio hídrico e por fim, nesta localidade existe uma fábrica de massa de pimentão que em períodos de laboração, causa grande constrangimento na ETAR através das suas descargas de águas residuais sem qualquer tratamento prévio.
A ETAR, localizada a Norte da localidade é mais antiga e tem o seu tratamento por lagunagem, apresentando 3 lagoas que realizam o tratamento necessário antes da descarga em meio hídrico.
Podemos definir o processo de lagunagem como um tratamento biológico de águas residuais baseado num desenvolvimento simbiótico de algas e bactérias à custa da degradação da matéria orgânica.
Vantagens:
- Menores custos de investimento e exploração.
- Poder de suporte de fortes variações de carga orgânica e pH.
- Elevado coeficiente de troca de calor com a atmosfera (importante em casos de poluição térmica).
- Grandes percentagens de remoção de CBO5 e SST.
Inconvenientes:
- Sensibilidade às baixas temperaturas;
- Necessidade de grandes superfícies de terreno;
- Possível desenvolvimento de maus cheiros.
Estas águas residuais passam por uma obra de entrada constituída por duas grelhas de limpeza manual; uma lagoa anaeróbia que é a que apresenta maior profundidade (5 metros) e onde se acumulam lamas; uma lagoa facultativa, com a área de maiores dimensões onde a degradação de matéria orgânica é degradada; uma lagoa de maturação, local onde os detritos ficam a maturar e, também onde as águas são devolvidas ao meio hídrico.
Deve notar-se que neste tipo de tratamento as lamas devem ser sujeitas à sua remoção de 4 em 4 anos ou de 5 em 5 anos, sendo que, na maioria dos casos esta situação não ocorre.
Numa outra localidade visitámos uma ETAR em que o processo de tratamento é igual ao referido acima, com uma pequena nuance verificada, neste equipamento verificamos a presença de 4 lagoas em vez das 3 identificadas na anterior.
Por fim visitámos numa outra localidade uma ETAR em que o tratamento é realizado por leitos percolados, tratamento biológico. Na obra de entrada, o processo é através de gradagem, tratamento de águas residuais brutas e tem como objectivo a remoção de sólidos grosseiros à entrada de uma Estação de águas Residuais.
A remoção dos sólidos grosseiros tem as seguintes finalidades:
- Protecção de dispositivos de transporte e tratamento a jusante;
- Eliminação de sólidos grosseiros nos meios receptores (sólidos grosseiros flutuantes);
- Aumento da eficiência de tratamento do sistema, pela eliminação inicial de matéria orgânica.
Posteriormente após a gradagem, as águas residuais seguem para um tanque imhoff, composto por duas zonas, na zona central é realizada uma decantação das lamas e, ao redor é realizada uma digestão anaeróbia da matéria orgânica, sendo realizada uma nova gradagem improvisada à saída do tanque para o leito percolador, devido aos detritos ainda existentes e que não foram bem gradados.
No leito percolador, após o tratamento preliminar, o efluente passa pelo decantador primário até chegar ao leito percolador de enchimento variável. Aqui o efluente entra num distribuidor rotativo e vai criar no leito um filme biológico constituído por um aglomerado de bactérias que fazem a decomposição da matéria orgânica. Quando o efluente é escoado pode ser feita a recirculação em torno do leito percolador ou a descarga no meio receptor. No entanto, a recirculação deve ser feita de preferência a partir do efluente tratado do decantador secundário, pois neste caso a matéria orgânica encontra-se diluída e, por conseguinte, não ocorre o risco de o leito percolador sofrer colmatação dos espaços vazios de enchimento.
As lamas resultantes deste processo são direccionadas para leitos/tanques de secagem para sofrer desidratação, sendo a água tratada descarregada em meio hídrico.
Após esta visita podemos concluir que existem bastantes deficiências no normal funcionamento das ETAR´S em questão, sendo que os processos, por vezes, não são cumpridos na sua totalidade e também pelo facto de os equipamentos se encontrarem bastante degradados, afectando, desta forma, o seu normal funcionamento.
Retirado do http://visaotsa.blogs.sapo.pt/
Editado por António Costa da Silva
ETAR´s – Viana do Alentejo
No âmbito do Conteúdo Funcional do Técnico de Saúde Ambiental, Decreto-Lei 117/95, de 30 de Maio, na área da protecção sanitária básica e luta contra meios e agentes de transmissão de doenças, realizou-se uma visita técnica de observação de várias ETAR´s em funcionamento no Concelho de Viana do Alentejo e Alvito, procurando aprofundar conhecimentos em relação aos sistemas e equipamentos de tratamento utilizados, bem como conhecer a qualidade final dessas águas residuais para posteriores descargas no meio hídrico.
Numa localidade encontrámos duas ETAR´S, uma localizada a Sul e outra localizada a Norte.
A ETAR localizada a Sul é a mais recente, data de 2009, sendo uma ETAR compacta com funcionamento através de um Reactor Biológico(IMAGEM1).
Estas águas residuais sofrem inicialmente um processo de remoção dos sólidos grosseiros, a gradagem, na chamada Obra de Entrada.
A remoção dos sólidos grosseiros tem adiversas finalidades de onde destaco a Protecção de dispositivos de transporte e tratamento a jusante, a eliminação de sólidos grosseiros nos meios receptores, o aumento da eficiência de tratamento do sistema, pela eliminação inicial de matéria orgânica.
Após a passagem pela obra de entrada, as águas residuais entram no reactor biológico onde é realizado um tratamento com injecção de oxigénio através de 3 bombas (processo mecânico). O reactor biológico tem três zonas, uma anaeróbia destinada à remoção de fósforo, uma zona aeróbia (com arejamento), para a oxidação da matéria orgânica e ainda uma zona anóxica (isenta de arejamento), sendo estas últimas zonas essenciais ao desenvolvimento de mecanismos de nitrificação/ desnitrificação, necessários à remoção do azoto.
De seguida, nos decantadores secundários são removidos os sólidos provenientes do tratamento biológico, obtendo-se um efluente tratado.
Relativamente às lamas acumuladas nos decantadores secundários, uma fracção é recirculada ao tratamento biológico e as outras são retiradas para um leito/tanque de secagem.
Sendo uma ETAR recente não deixa de apresentar grandes deficiências no tratamento do efluente que lá chega necessário a tratar. Um dos principais factos para esta afirmação surge pelo sentido em que não em alturas de elevada pluviosidade, a ETAR tem dificuldades para efectuar o tratamento total, ocorrendo, desta forma, descarga directa no meio hídrico. Pode dever-se essencialmente a um mau dimensionamento e estudo inicial da ETAR.
Por outro lado, nesta localidade existe uma fábrica de massa de pimentão que em períodos de laboração(principalmente de Agosto a Outubro), causa grandes problemas através das suas descargas de águas residuais sem qualquer tratamento prévio.
IMAGEM 1- ETAR Compacta- Tratamento através de Reactor Biológico
A ETAR, localizada a Norte da localidade é mais antiga e tem o seu tratamento por lagunagem(IMAGEM 2), apresentando 3 lagoas que realizam o tratamento necessário antes da descarga em meio hídrico.
Podemos definir o processo de lagunagem como um tratamento biológico de águas residuais baseado num desenvolvimento simbiótico de algas e bactérias à custa da degradação da matéria orgânica.
Este sistema de tratamento de baixa tecnologia constitue vantajosas alternativas aos sistemas mais tradicionais, sobretudo quando estão em jogo águas residuais de pequenos aglomerados populacionais de regiões rurais.
No entanto tem alguma Sensibilidade às baixas temperaturas, necessita de grandes superfícies de terrenopara a sua implementação e é uma possivel causa de desenvolvimento de maus cheiros.
As empresas gestoras de água e as populações em geral, tem muitas vezes dificuldade em dar credibilidade a estas ETARs ecológicas. Para tal tem contribuído o insucesso de alguns destes sistemas, frequentemente devido a erros de concepção/construção e dimensionamento.
IMAGEM 2- Lagoa no processo de tratamento por lagunagem
Por fim visitámos numa outra localidade uma ETAR em que o tratamento é realizado por leitos percolados.
O moderno tanque de percolação consiste num leito permeável ao qual aderem consórcios de microrganismos, e através do qual o efluente a tratar é percolado.
Os leitos filtrantes(IMAGEM 4) podem ser muito diversos, sendo os mais correntes: cascalho, pedra calcária, tijolo partido, materiais plásticos diversos.
Após a gradagem inicial, as águas residuais seguem para um tanque(IMAGEM 3), composto por duas zonas: na zona central é realizada uma decantação das lamas e, ao redor é realizada uma digestão anaeróbia da matéria orgânica, sendo realizada uma nova gradagem improvisada à saída do tanque para o leito percolador, devido aos detritos ainda existentes e que não foram bem gradados.
As lamas resultantes deste processo são direccionadas para leitos/tanques de secagem para sofrer desidratação, sendo a água tratada descarregada em meio hídrico.
IMAGEM 3- Tanque composto por duas zonas distintas
IMAGEM 4- Leitos Filtrantes
Após esta visita posso concluir que existem inumeras deficiências no normal funcionamento das ETAR´S.
Os processos, por vezes, não são cumpridos na sua totalidade, grande parte do efluente não é tratado devido a um mau dimensionamento incicial da ETAR, e também pelo facto de os equipamentos se encontrarem bastante degradados, afectando, desta forma, o seu normal funcionamento.
Assim, grande parte do efluente não tratado, composto de uma grande carga de matéria orgânica, irá directamente para o meio hidrico, que devia, nos tempos actuais ser cada vez mais um assunto a debater e motivo de grande atenção, evitando que continue a ser um risco de Saúde Pública!!!
Retirado do http://estagiocurricular.blogs.sapo.pt/
Editado por António Costa da Silva
Museu do Chocalho – Nos 4 Museus + Originais da Revista Sábado
Editado por António Costa da Silva
No passado dia 18 de janeiro, a Direcção Regional de Cultura do Alentejo inaugurou a exposição Ex-votos Pintados, que estará patente na Galeria da Casa de Burgos, em Évora, até dia 17 de fevereiro. As visitas podem ser efetuadas de 2.ª a 6.ª feira, das 09h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30; e ao sábado das 10h30 às 12h30 e das 14h30 às 16h30.
A inauguração contou com um momento musical por elementos da Orquestra de Cordas do Conservatório Regional de Évora - Eborae Mvsica, seguido por conferência proferida pela Professora Doutora Ana Helena Duarte, doutorada pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
No final houve ainda lugar para uma Prova de Vinhos da região, oferecida pela Comissão Vitivinícola Regional Alentejana.
Sobre a exposição:
Os ex-votos, sob formas e feitios variados, moldados em diferentes materiais (objetos, pinturas, desenhos, esculturas e fotografias), expressam, na sua diversidade o cumprimento de uma promessa, que recompensa o divino por uma ação de graças concedida.
Tratando-se de uma manifestação da devoção religiosa popular, os ex-votos são também testemunhos de história social, terrenos privilegiados para o estudo das mentalidades, da cultura e das práticas religiosas, mas também da história da ciência e da medicina.
Tendo por objetivo mostrar painéis votivos de coleções que marcaram de maneira significativa essa forma de devoção na Europa e no Brasil, entre os séculos XVII e XIX, as imagens fotografadas, em exposição, correspondem a pinturas votivas brasileiras que integram a coleção do Santuário de Bom Jesus de Matosinhos de Congonhas do Campo (estado de Minas Gerais/ Brasil) - um dos grandes centros de peregrinação brasileiro - sendo os demais ex-votos provenientes de quatro dos principais centros de peregrinação da região Alentejo: Santuários de Senhor Jesus da Piedade (Elvas), Nossa Senhora do Carmo (Azaruja), Nossa Senhora D'Aires (Viana do Alentejo) e a Ermida de Nossa Senhora da Visitação (Montemor - o - Novo).
O motivo de expor estas imagens deve-se ao facto dos painéis votivos brasileiros possuírem, como influência principal, os aspetos compositivos e pictóricos dos ex-votos portugueses, estudados por Ana Helena Duarte na sua tese de doutoramento "Ex-votos e poiesis: representações simbólicas na fé e na Arte", pela Universidade Federal de Uberlândia - UFU.
Esta exposição é organizada pela Direcção Regional de Cultura do Alentejo em colaboração com os Santuários de Senhor Jesus da Piedade (Elvas), Nossa Senhora do Carmo (Azaruja), Nossa Senhora D?Aires (Viana do Alentejo) e Ermida de Nossa Senhora da Visitação (Montemor-o-Novo).
Visto em http://www.cultura-alentejo.pt/
Fotos de http://arronchesemnoticias.blogspot.com
Editado por António Costa da Silva
O Cemitério dos Barcos sem Nome
De Arturo Pérez-Reverte
Sinopse
Prémio Méditerranée, em França, para o melhor romance estrangeiro. 750.000 exemplares vendidos em Espanha.
Muito mais do que um romance de amor e aventuras… Um marinheiro sem barco, desterrado do mar, conhece uma estranha mulher, que possui, talvez sem o saber, a resposta a perguntas que certos homens fazem desde há séculos. Arturo Pérez-Reverte, o autor espanhol contemporâneo mais lido no mundo inteiro, leva-nos, na companhia de Coy e Tanger, à procura do Dei Gloria, um bergantim que há mais de duzentos anos repousa nas águas profundas do Mediterrâneo. De Barcelona a Madrid, de Cadiz a Gibraltar, ao longo das costas de Cartagena, o objectivo é sempre um tesouro fabuloso, que talvez contenha a resposta a um dos grandes enigmas da história de Espanha. Nunca o mar e a História, a aventura e o mistério, se tinham combinado de um modo tão extraordinário. De Melville a Stevenson e Conrad, de Homero a Patrick O’Brian, toda a grande literatura escrita sobre o mar lateja nas páginas desta história fascinante e inesquecível, assinada por um grande autor ibérico de projecção internacional.
Editado por António Costa da Silva
O DIREITO À PREGUIÇA
PAUL LAFARGUE
«Ó Preguiça, tem piedade da nossa longa miséria! Ó Preguiça, mãe das artes e das nobres virtudes, sê o bálsamo das angústias humanas!»
Editado por António Costa da Silva
António Costa da Silva
Hoje ao ver o jogo de infantis entre o SCA e o Montemor deu para reparar no péssimo estado em que se encontra o piso do campo de jogos.
Esta é uma situação que não é nova. De facto o SCA não tem condições financeiras para arranjar aquele campo nas devidas condições. A única forma é a Câmara Municipal de Viana do Alentejo e Junta de Freguesia das Alcáçovas (cada um à sua dimensão) apoiarem os melhoramentos daquele campo. Com ou sem relva sintética, assim não pode continuar.
Esta não é uma questão somenos. O SCA forma dezenas de atletas, tarefa fundamental para o desenvolvimento dos jovens atletas das Alcáçovas. As instituições locais devem olhar com muito cuidado para este hercúleo trabalho. Poucos recursos para muito trabalho. É assim que acontece com o Alcaçovense.
A integridade física dos atletas está a ser posta em causa. Não é uma questão estética que está em causa, mas algo muito mais importante.
Não bastava uma velha promessa de asfaltamento na zona atrás do salão multiusos não estar a ser cumprida pela CMVA, também deixaram de existir apoios para melhoramentos do campo do SCA. Não esquecer que ainda se chegou nivelar e a colocar uma primeira base de brita naquele espaço do SCA e não foi concluída com o prometido asfaltamento.
Por vezes há a tendência de procura executar novos investimentos e se esquecem de melhorar os existentes.
Este artigo também é subescrito por sócios do SCA.
António Costa da Silva
Benjamins Futebol 7
União Montemor A - 5 vs Alcacovense - 0
Num jogo onde tínhamos tudo para ganhar acabamos por efectuar um mau jogo e notou-se que o horário em que realizou a partida 12h30 pareceu ter influência no resultado.
Começamos bem e falhamos uma grande penalidade que poderia ter feito toda a diferença, a partir daí o Montemor cresceu e a nossa equipa não conseguiu resolver.
Juvenis Futebol 11
Alcaçovense - 7 vs Rosário - 1
Foi desta que os nossos jogadores conseguiram ganhar , uma partida onde o adversário se apresentou com 10 jogadores mas ainda assim com garra para disputar o encontro.
A jogar com passes bem definidos e sem pressa a nossa equipa resolveu muito bem a partida e fez uma excelente exibição.
Marcaram:
Casimiro Mbombé - 3 Golos
João Calixto - 2 Golos
Carlos Palma - 1 Golo
João Júlio - 1 Golo
Iniciados Futebol 11
Alcaçovense 0 vs União Montemor - 3
Estivemos bem neste jogo contra o Montemor, a atitude dos jogadores melhorou bastante e apesar da derrota foi um jogo dividido que poderia estar ao nosso alcance
Uma nota para a excelente moldura humana a ver o jogo no Branco Núncio quer no sábado quer domingo que incentivou bastante os nossos jogadores.
Retirado do http://alcacovense.blogspot.com/
Editado por António Costa da Silva
|
por Helena Oliveira |
De acordo com um estudo efectuado a nível global pela PwC, um terço das organizações em todo o mundo foi vítima de algum tipo de fraude nos últimos 12 meses. Em entrevista ao VER, Patrique Fernandes, Partner de Forensic Services da consultora, traduz os principais resultados do relatório, alertando para uma subida significativa do cibercrime em todo o mundo. Em Portugal, é a apropriação indevida de activos e a fraude contabilística que maior expressão têm nesta lista negra |
Dá que pensar. falamos da corrupção, que diz-se existir, mas ficamos confusos porque "não" há corruptos. Agora temos o cibercrime que parece existir numa dimensão incalculável.
Sendo com diz a Helea Olieira teremos mais um problema monstruoso. Há cibercrime, mas não se sabe quem são os cibercriminosos.
Estamos tramados.
AC
Vou iniciar hoje uma sériede posts/entrevistas. Irei continuando conforme as disposições, a minha e as dos possíveis entrevistados.
Conversas soltas dos mais velhos da nossa Vila, relembrando episódios dos seus passados.
As conversas são gravadas e passadas ao post com a maior fidelidade possível.
Esta primeira "estória é do João Chibeles Penetra, em 25-11-1926.
A história do Franklin
JCP - Fomos à feira de Serpa e onde foi esse senhor com uma besta só, que éramos os dois e quando éramos dois era só um carro com uma besta.
Como é que se chamava esse senhor do carro?
Era o Afonso da Batata
Da batata?
Sim, Afonso da Batata. E depois diz-me ele assim: “Não ouves? Vamos-lhe fazer uma partida, vamos-lhe fazer uma partida”. O carro ficava ali atrás da gente..
Mas quem é que estava a combinar fazer a partida?
Era o Franklin
Ai era o Franklin consigo?
Comigo, sim, era o Franklin comigo.
O Franklin era malandro, não?
Era, gostava de brincar...
Gostava de brincar?
Pois. Eu digo: “atão o que é?”, eu disse assim então vamos lá, vamos lá fazer a partida.
Mas isso às vezes pode dar mau resultado e pode. Quer dizer que ele deixava o carro, ficava à porta ali de trás da gente onde estávamos a vender os chocalhos. Epinava o carro e punha a comida dentro do carro e o animal a comer ali. E ia dando a sua voltinha. Diz-me ele (o Franklim) assim: “não ouves? Eu agora levo a macha, uma mula, levo a besta daqui, quando ele chegar não vê cá a besta e julga que lha roubaram.
Essas coisas às vezes podem dar mau resultado. A pessoa seja fraca.
Podia-lhe dar um ataque de coração…
De maneiras que…
Ele era mais velho que vocês?
Era mais velho. De maneiras que (o Franklim) levou a besta, levou a besta para longe onde ele não visse mas ele estava a ver agente. Ele de onde estava, estava a ver agente. Agente é que não o via a ele. Estava no meio da corredura, dos ultros. A besta só, o carro estava lá. De maneiras que ele quando chegou não viu lá a besta diz: “ai que me roubaram, ai que me roubaram a mula, ai que me roubaram a mula”, põe as mãos na cabeça: “ai que me roubaram a mula, ai que me roubaram a mula”. Vai dizer à guarda e eu tive que dizer à guarda que não, que foi, que era uma brincadeira, em particular, que ele não desse por isso. E esteve ali um bocado agarrado à cabeça até que eu fiz sinal e o Franklin estava-me a ver. Até que eu fiz sinal para ele vir que podia dar mau resultado, para trazer o animal.
Pois..
E quando ele chegou com a besta disse o Afonso Batata: “Ah malandro! Ias-me matando”.
Era assim partidas que agente brincávamos uns com os outros.
AC
E-mail do Alcáçovas
alcacovas_hoje@sapo.pt
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