Terça-feira, 31 de Janeiro de 2006

Regionalização (referendo 98)

refere.jpg
portug.gifEra este o aspecto que o refendo de 1998 proponha para o nosso país e que foi chumbado pelos portugueses.
O referendo tinha duas perguntas:

1ª) Concorda com a instituição em concreto das regiões administrativas?
Os resultados a nível nacional foram:
Sim: 36,49%
Não: 63,51%
Os resultados no Alentejo foram:
Sim: 53,85%
Não: 46,15%



2ª) Concorda com a instituição em concreto da região administrativa da sua área de recenseamento eleitoral?
Os resultados a nível nacional foram:
Sim: 36,08%
Não: 63,92%
Os resultados no Alentejo foram:
Sim: 50,64%
Não: 49,36%

Penso que estes resultados falam por si e mostram o descontentamento dos Alentejanos em relação a distribuição do poder político/administrativo/económico que existia e que existe no nosso país.
A prova do descontentamento dos alentejanos esta nos resultados do referendo de 1998, sendo no Alentejo o único local onde ganhou o Sim a regionalização. Mas pelos vistos este resultado não quis dizer nada a classe política uma vez que passados sete anos após o dito referendo o Alentejo continua a ser a região mais esquecida do país.
Mesmo tendo ganho o NÃO, não deveríamos senhores políticos perderem um pouco do seu tempo a tentarem perceber o porquê dos alentejanos querem a regionalização?
Não deveriam os portugueses em geral perceber que este não foi um Grito do Ipiranga por parte dos alentejanos mas sim um grito como que a dizer “Olhem para nós! Nós também existimos! Nós também somos portugueses!”

rmgv

publicado por alcacovas às 23:48
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Segunda-feira, 30 de Janeiro de 2006

nevou mesmo cá!!!!!

P3153125_edited.JPGOntem à tarde no Convento de Nª Senhora da Esperança.
Lindo!!!!!!!

rmgv
publicado por alcacovas às 00:13
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Domingo, 29 de Janeiro de 2006

...

Esta a nevar em Alcáçovas!!!!!!!!!!!!!

rmgv
publicado por alcacovas às 15:33
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Sábado, 28 de Janeiro de 2006

Noticias de cá...

«Em 16 de Janeiro de 1885 appareceram, de manhã, as ruas, telhados e campos cobertos de uma camada tam grossa de neve, que causou o espanto de toda a povoação.
As árvores ostentando brilhantes flocos de neve, iluminados pelos raios d'um sol esplendido offereciam o mais encantador espectaculo»

Em 1885 nevou a sério em Alcáçovas, e que tal repetir este ano?

Roberto Vinagre
publicado por alcacovas às 18:59
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Ausência

Caros leitores a ausência dos meus textos no “Alcacovas” deve-se a dois motivos o primeiro deles relacionado com a minha vida académica e o segundo deve-se ao facto de nos últimos dias me ter dedicado a procura e a ler bibliografia sobre a regionalização.
Prometo voltar o mais rápido possível com textos e material sobre a regionalização.
Mas como em cima já referi por motivos académicos e da minha vida profissional ficarei cerca de uma semana afastado da blogosfera e de vós caríssimos leitores.

rmgv
publicado por alcacovas às 15:20
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Wolfgang Amadeus Mozart

Mozart nasceu na Áustria em 1756 e morreu apenas 35 anos depois. Foi desde muito cedo uma criança prodígio, em termos musicais, tocando piano aos 4 anos e compondo música aos 5. Ao longo da sua curta vida Mozart compôs 11 óperas, 41 sinfonias e 27 concertos para piano, para além de uma grande quantidade de música de câmara, piano e religiosa.
A sua música é conhecida pela sua beleza melódica, graça e riqueza de harmonia. Entre as suas composições notáveis encontramos "As bodas de Fígaro" (1768), "Don Giovanni" (1787) e "A Flauta Mágica" (1791), entre muitas outras.
Mozart morreu a trabalhar, dedicando-se aquilo que foi a sua vida, a Música.
Da entrega de Mozart à sua música podemos retirar um exemplo, devemos lutar pelos nossos sonho e acima de tudo, devemos acreditar nas nossas capacidades, mesmo que tenhamos alguma incapacidade fisíca.
250 anos depois do seu nascimento Mozart continua bem vivo, sobretudo nas Escolas de Música e entre os jovens alunos, e com isto damos a resposta aqueles que dizem que a música clássica não interessa aos jovens, muito pelo contrário meus senhores. Abraço Roberto Vinagre
publicado por alcacovas às 14:50
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Quinta-feira, 26 de Janeiro de 2006

Achegas para a regionalização, texto do DN de ontem

Reprodução do artigo publicado no DN de ontem:

Até final de Março, o coordenador do grupo de trabalho encarregue de rever a Lei de Finanças Locais (LFL), Paulo Trigo Pereira, promete entregar ao Governo a proposta que visa reformar por completo o actual sistema de financiamento das autarquias locais. Na sexta-feira, em Lisboa, especialistas em finanças públicas e autarcas, reunidos em seminário, vão escutar as experiências da Noruega, Bélgica e Suécia, visando delas retirar ensinamentos para aplicação à legislação portuguesa.

Os oradores deste seminário, oriundos da Noruega, Bélgica e Inglaterra, parecem ter sido escolhidos a dedo. São exemplos a seguir no novo modelo de financiamento local?

São três modelos interessantes, porque estamos a pensar - e isto já foi falado pelo primeiro-ministro e pelo secretário de Estado - numa partilha de receitas do IRS para a as autarquias. Este é o modelo em vigor na Noruega, Suécia e Bélgica há já alguns anos, os quais têm já uma larga experiência neste domínio.

Uma derrama?

Ainda não está esclarecido. Em alguns desses países existe uma derrama sobre o IRS. E, com esse grau de autonomia, já há experiência sobre o que acontece à competição intermunicipal. É interessante conhecermos essas experiências para aprendermos com as coisas boas e eventualmente menos boas.

Usar o IRS como fonte de financiamento é orientação definida?

Pensamos que essa orientação é interessante para as finanças locais, tendo em conta que o programa do Governo aponta para uma diminuição do peso relativo das receitas associadas ao património (designadamente das novas construções) nas receitas locais. Essa deve ser uma via e daí os convites que foram feitos a esses colegas de universidades estrangeiras para virem falar disso. O professor HansJoerg Bloechlinger, da OCDE, irá dar uma panorâmica das grandes tendências do federalismo orçamental na Europa. Em Portugal, temos tido sempre um modelo, mas há outros e importa reflectir sobre eles.

O nosso modelo também é partilhado por outros países...

É partilhado por outros países quando grande parte do financiamento assenta na tributação do património, como em Inglaterra. Mas ali não existem os problemas que nos temos cá não há construção clandestina, não há promoção imobiliária à margem de regras claras... Este seminário a é uma oportunidade para debatermos este assunto com as associações de municípios e de freguesias e com os autarcas.

A receptividade tem sido boa?

Estamos agora a começar esse diálogo. Ainda não estamos na fase mais difícil. Estamos no diagnóstico e na definição dos princípios gerais que a reforma deve estabelecer. Posso dizer que ao nível dos princípios tem havido uma concordância total da ANMP. Mas sabemos que quando passarmos dos princípios para a operacionalização poderá haver divergências.

Vamos ter uma matriz de financiamento diferente?

Eu espero que sim. O trabalho que esta a ser feito é para uma verdadeira reforma e não apenas de retoques na LFL.

Qual é a diferença entre uma reforma ou uma revisão da LFL ?

Antes de mais, desta reforma deve resultar um aumento das receitas próprias dos municípios e uma menor dependência das transferências do Orçamento do Estado. Os municípios queixam-se, e com razão, que estão à mercê do Governo central e do crescimento zero das transferências. Ora, devemos aumentar as receitas próprias do municípios, mas também teremos de diminuir os incentivos para a construção imobiliária excessiva, diminuindo o peso relativo das receitas do IMI, do IMT e das taxas associadas ao licenciamento.

Já enunciou o aumento da autonomia fiscal. Mas como se fará?

Qual é a autonomia fiscal que existe hoje? Os municípios podem escolher a taxa de derrama, entre 0 e 10%, podem escolher a taxa do IMI, dentro dos intervalos para prédios antigos e novos. E é tudo. A autonomia que o município tem para gerar receitas próprias é limitada. Se conseguirmos aumentar essa autonomia será mais um elemento para uma verdadeira reforma.

Reforçando o poder tributário dos municípios...

Sim e através da eventual autonomia dentro da partilha do IRS, que pode ser derrama ou outra coisa. O modelo de que vamos falar no seminário é de partilha de receitas, em que uma percentagem da receita de IRS, cobrada no município, fica no município. Eu não lhe quero chamar derrama porque esta incide sobre a colecta. E, ao incidir sobre a colecta, se a Assembleia da República alterar as taxas do IRS, automaticamente, sem que o município faça nada, as contas alteram-se. É possível desenhar o sistema de maneira a que essa partilha incida a montante da colecta, sobre o rendimento colectável.

Há outros princípios reveladores de uma reforma...

Pensamos ser importante incentivar as boas práticas municipais, nomeadamente ambientais. Hoje, um município que tenha um parque natural dentro da sua área de jurisdição é penalizado financeiramente, pois não pode construir lá. A pressão é para não preservar esse parque natural. Como principio, as boas práticas são fáceis de enunciar visam descriminar positivamente os municípios que tenham parques naturais, reservas ecológicas ou outras áreas que limitem a construção.

Não incorreríamos no risco de beneficiar os municípios com zonas protegidas em detrimento dos outros que as não têm?

De certa maneira sim, por isso é que digo que como princípio é fácil de enunciar e difícil de operacionalizar. Foi uma ideia que surgiu desde a tomada de posse deste grupo de trabalho. Como operacionalizar isto, é um pouco mais difícil.

Continuarão a existir três fundos de transferência para as autarquias?

Está tudo em aberto, mas esses fundos são fictícios. Aquilo que hoje se chama Fundo de Base Municipal já existia na LFL de há 20 anos, chamava-se distribuição uniforme por municípios. Era um critério dentro do Fundo de Equilíbrio Financeiro. Os indicadores dos fundos vão ser alterados, porque não são adequados para transferir dinheiro para os municípios. Vai ter de haver uma reapreciação global desses indicadores. Dou-lhe um exemplo existe um critério de financiamento relacionado com o número de freguesias. Em tempos isso justificava-se, pois o financiamento das freguesias dependia do dos municípios. Mas hoje já não depende, porque as freguesias tem um fundo próprio. Esse indicador tem o efeito perverso de estimular a fragmentação administrativa do País. É um incentivo preservo quando queremos agregar freguesias com poucos habitantes.

Mas vai haver mexidas no coeficiente desses fundos?

Claro que vai. Mas gostava de deixar claro que esta reforma não agravará a carga fiscal para os munícipes e para as empresas. Se acontecer alguma coisa é o desagravamento. Se os municípios recebem parte do IRS então tem de haver uma diminuição dos fundos e do bolo global.

A possibilidade de endividamento ficará com regras apertadas...

Há uma coisa que para mim não faz sentido. Se o Banco Central Europeu aumentar a taxa de juro, os municípios portugueses automaticamente ficam com a sua capacidade de endividamento diminuída. O endividamento dos municípios está definido em termos dos encargos com juros e amortizações. É um modelo completamente diferente do que está no Tratado de Maastricht, em que se prevê que o stock da dívida em relação ao PIB não deve exceder os 60%. Portugal e todos os países da UE, ao abrigo do Pacto de Estabilidade e Crescimento, contam com o stock da dívida e não com os encargos com o stock . O município deve ser visto à mesma escala. Porque motivo é que ao nível nacional temos duas variáveis stock da divida e PIB e ao nível municipal temos apenas os encargos com essa dívida.
publicado por alcacovas às 12:43
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Quarta-feira, 25 de Janeiro de 2006

Turismo, oportunidades para pequenos empreendimentos

O TURISMO, MOTOR DO DESENVOLVIMENTO NO ALENTEJO

Este mês de Janeiro trouxe notícias importantes para o desenvolvimento do Alentejo e, em especial para o Concelho de Grândola.
Estou a referir-me, como é óbvio, aos dois grandes projectos aprovados pelo Governo para as zonas do Pinheirinho e da Costa Terra. São dois complexos de qualidade, que irão contribuir para a criação de cerca de 1700 postos de trabalho directos e 4350 indirectos. O investimento total será da ordem dos 670 milhões de euros.
Um terceiro projecto, para a Herdade da Comporta deverá ultrapassar os 500 milhões e temos ainda o projecto para Tróia já em execução.
O efeito destes empreendimentos na economia local serão muito importantes, mas este efeito deverá que ser analisado e potenciado sob 2 aspectos:
- Impacto “expedido” ou activo.
- Impacto “recebido” ou passivo.
Antes de passar ao esclarecimento destes efeitos quero expressar uma preocupação e, de certo modo, uma expectativa, sobre o impacto ambiental destes projectos.
O Governo e os promotores garantem que os possíveis danos ambientais foram acautelados e que a presença destes empreendimentos pode mesmo proteger a zona onde se vão implantar.
Gostava de conhecer melhor os argumentos de uns e de outros, mas tenho que admitir que o desenvolvimento de uma região como a do Concelho em causa tem que apoiar-se no Turismo.
Turismo de alta qualidade, de baixa densidade e com respeito pela população local, pelo património cultural e tradicional e pela natureza.
Este pode ser um bom caminho, equilibrado e integrado, mas terá que haver da parte das autoridades mais envolvidas e responsáveis nesta matéria, um compromisso inabalável em termos de ordenamento de todo o litoral, com respeito pelas pessoas e pela natureza.
Volto agora aos tipos de impacto que empreendimentos como estes podem causar no meio social e económico em que se vão inserir.
Por impacto expedido ou activo entendo todas as actividades promovidas pelos projectos citados acima.
São os alojamentos, os restaurantes, os bares, os campos de golf ou de ténis que atraem os visitantes. Oferecem boas acomodações, boa gastronomia e entretenimentos.
Para tal vão construir, vão equipar, vão servir, vão em termos gerais fazer uma oferta que atrairá muitos turistas, nacionais e estrangeiros.
Mas o há outro tipo de impacto, que chamei de recebido ou passivo.
Este poderá explicar-se por uma frase simples: os visitantes dos empreendimentos que vão ser criados querem mais, procuram algo diferente daquilo que possa ser o “menu” destes.
Vão querer saber o que há para lá dos seus “resorts”, vão querer conhecer a região, vão procurar, em conformidade com os seus gostos e interesses, saber o que é que há em termos de monumentos, de artesanato, de gastronomia, de tradições, de paisagens, de espécies animais e vegetais, de caminhos para trilhar e mais, muito mais.
E depois vão querer saber como satisfazer os seus desejos e curiosidade, com conforto, com segurança, com orientação profissional, em suma, com qualidade.
Um turista que venha para um empreendimento de alta qualidade ou de luxo, pensa (e deseja) encontrar um menu de actividades exteriores que esteja acessível, bem preparado e atraente.
Ora este menu de actividades não existe, nem poderá ser criado só pelos promotores destes projectos, mas há todo um “mundo de actividades que só poderá ser potencializado e oferecido por uma série de pequenos/médio empreendedores que, por si ou em colaboração com os dirigentes dos futuros complexos turísticos, possam criar ou desenvolver pequenos projectos de animação turística.
Há todo um mercado a aproveitar. Sabemos que a construção dos referidos complexos levará alguns anos, que o crescimento do mercado potencial será gradual. Mas temos que compreender que estamos já perante factos concretos.
Para a zona do Alqueva. E não só, há outros projectos que só reforçam o que penso.
Uma coisa é certa, o grande Turismo no Alentejo está aí. Os investidores virão, o mercado crescerá e as oportunidades para o “pequeno” turismo serão muitas e interessantes.
Há muito a fazer para podermos aproveitar, para promovermos mais profundamente o desenvolvimento das nossas cidades, vilas e aldeias.
E procurar apoios.
André Correia
publicado por alcacovas às 19:49
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Terça-feira, 24 de Janeiro de 2006

Aumentos!?


rmgv
publicado por alcacovas às 19:58
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Regionalização

Agora que o período das eleições já se passou (e como foi longo este período começando nas legislativas, seguindo-se as autárquicas e finalmente as presidenciais), penso que é oportuno dar inicio a uma discussão que eu penso que é do interesse de todos os alentejanos, a REGIONALIZAÇÃO!
Pretendo com este tema abrir a discussão a todos os leitores do “ALCACOVAS”, para tal deixem aqui a vossa opinião. O que acham sobre a regionalização? Pensam que é importante para o Alentejo ao pelo contrário acham que não tem qualquer importância?
Quero saber as vossas posições e opiniões sobre este assunto! Não deixem de participar é importante o vosso contributo.

rmgv
publicado por alcacovas às 18:34
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Vida de Estudante

Começa o frio, aumenta a vontade de faltar às aulas (digo aumenta, porque a vontade, essa, está sempre presente). Além de custar horrores sair da cama para tomar um duche numa casa de banho perfeitamente medieval, ainda tenho que me pôr na rua a caminho de aulas a serem dadas em anfiteatros e salas que mais parecem a sala dos pinguins do Oceanário. Um frio insuportável! A dada altura, está toda a gente de casacos, cachecóis e gorros vestidos a ver e ouvir um indivíduo a falar e gesticular num estrado de madeira. Poderia ser a cena de um grupo de pessoas á espera do autocarro e a serem entretidas por um artista de rua mas não. É um professor. Se no fim do entretenimento, o senhor passa-se o chapéu das contribuições pelo anfiteatro pela performance alcançada, nem um cigarro lhe dispensava. Chato, chato, chato.
Por falar em vontade de faltar à aulas estou a pensar em arranjar um trabalho, qualquer coisa em regime part-time. Isto de viver à custa dos pais é muito confortável, mas já começa a cansar. Obviamente que, mesmo se conseguir alguma coisa conciliável com a faculdade, não chegará para pagar todas as minhas contas. Impossível. Mas ganhar uns trocos só me fazia bem e adquiria alguma independência dos meus velhos. A juntar a isso, acho que tenho tempo livre a mais. Já não aguento mais passar uma tarde que seja a levar com o Malato e a Merche na RTP (... a Merche até se suporta), a entrevistar artesãos de cestas de vime ou presidentes de ranchos folclóricos. Esta feita portanto a minha primeira resolução para o novo ano que aí vem: arranjar ocupação remunerada... nem que seja para poder pagar uma assinatura da TVCabo.

in Vida Malvada

rmgv
publicado por alcacovas às 11:52
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Correio dos leitores (ricos e pobres)

Fosso que separa pobres dos ricos agrava-se em Portugal

Portugal é o país mais desigual e mais pobre da União Europeia, com a
diferença entre os mais ricos e os mais pobres a acentuar-se desde 2001, sendo actualmente cerca de dois milhões o número dos que vivem com menos de 350 euros por mês, segundo dados do Eurostat hoje divulgados pelo Público.



Portugal é, de acordo com os últimos dados do Eurostat (Gabinete de
Estatística da UE), o país da União Europeia (UE) onde é maior a
desigualdade de rendimentos entre os dois grupos de pessoas situados nas extremidades da pirâmide social.
A comparação entre os rendimentos acumulados pelos 20% mais ricos e os 20% mais pobres revela que, em Portugal, esse rácio atingia, em 2003, os 7,4, o que significa que os mais abonados detêm 7,4 vezes o rendimento dos mais necessitados.

Esta tendência para uma maior desigualdade não é portuguesa, é mundial. O último relatório da ONU regista que, nas últimas duas décadas, num grupo de 73 países, os níveis de desigualdade aumentaram em 53 deles, adianta o Público.

Outros sinais pouco famosos para Portugal são a descida de 26.º para 27.º na última lista ordenada do desenvolvimento humano da ONU; a pior taxa de abandono escolar da UE (38,6%), o maior índice europeu de pobreza persistente (15%), e uma das maiores percentagens de crianças pobres (15,6%), só ultrapassada pela Irlanda e pela Itália.

Portugal acumula a condição de país mais desigual da UE com o de portador de maior índice de pobreza relativa, com um valor que há anos estabilizou nos
20/21%. Significa isto que dois milhões de portugueses têm rendimentos
inferiores a metade do rendimento médio nacional, ou, em termos mais práticos, que vivem com menos de 350 euros por mês.

(Paulo Gondim)

rmgv
publicado por alcacovas às 11:33
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Domingo, 22 de Janeiro de 2006

A Força dos Cidadãos

O povo português é soberano e como tal devemos aceitar os resultados desta noite quer gostemos ou não.
Faço apenas dois votos, que Cavaco seja o presidente te todos os portugueses e não apenas de uma parte dos portugueses e por outro lado que Cavaco seja melhor presidente do que foi primeiro-ministro.
Mas os resultados desta noite não devem ser deixados em branco com um simples olhar só para os 50.6% de Cavaco, mas devemos reflectir sobre os resultados de um candidato sem qualquer apoio partidário que contra ventos e mares conseguiu ficar em segundo lugar, falo-vos de Manuel Alegre que contra tudo e contra todos consegui 20.7% dos votos, este facto é um sinal e é um sinal muito claro que os portugueses querem que existam mudanças no sistema politico português, é um sinal muito claro do desgaste dos partidos, é um sinal muito claro da descrença que o povo português tem nos seus “politicozinhos” profissionais.
Muito embora a esquerda tenha saído derrotada, só uma parte da esquerda é que perdeu pois a outra parte a esquerda moderna, a esquerda que quer o progresso para o nosso país, essa esquerda apenas perdeu uma batalha (a vitória de Cavaco), mas fortaleceu-se para a guerra, pois essa esquerda encontrou um campo onde se pode movimentar e ganhar as confiança dos portugueses e assim fortalecer Portugal.

rmgv
publicado por alcacovas às 23:32
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Quem cala, consente!

fresco3.JPGTrago este assunto ao blog por se tratar de uma coisa muito grave, uma autêntica ameaça à nossa memória. Há uns anos os responsáveis pelo Convento de Nossa Senhora da Esperança,umas «alminhas iluminadas» acharam, e muito bem, que o interior do convento estava a precisar de uma limpeza, nomedamente as paredes. Então decidiram caiar as paredes, nada mais branco...nada mais simples...nada mais barato...nada mais tradicional, até aqui tudo bem, nada de anormal. No entanto as paredes que foram caiadas já tinham uns belos frescos pintados, frescos esses que ficaram cobertos de cal. Com o passar do tempo a cal foi caindo colocando a descoberto aquele verdadeiro atentado ao património. Um edificio que não tenha motivos para ser preservado, pode ir alegremente caindo, para tristeza de muitos e satisfação de alguns. Será isto resultado da ignorância das pessoas, ou pelo contrário da sua grande esperteza? Podemos classificar isto de «chico-espertismo»? A culpa não é de quem o faz, mas antes de todos nós que o permitimos! E assim se vai apagando a nossa memória e aquilo que nos caracteriza...
publicado por alcacovas às 18:51
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Antevisão dos resultados eleitorais


O ALCACOVAS desafia os seus leitores a fazerem as suas previsões em relação aos resultados eleitorais desta noite.
Façam já as vossas apostas!

rmgv
publicado por alcacovas às 16:19
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Nova participação

Para mim é um grande prazer poder participar neste espaço de reflexão. Vou tentar contribuir com artigos de interesse local, nacional e até mesmo internacional, para que estes sejam debatidos de forma consciente. Sempre me pautei pela frontalidade, pela verdade e pelo profissionalismo. O que está mal tem de vir à luz do dia e o que é bom tem de ser reconhecido e aplaudido. O lema da minha participação neste blog pode ser reduzido a uma expressão: «A Deus o que é de Deus e a César o que é de César». Desde já vou inaugurar uma rubrica a que darei o seguinte titulo: «Quem cala, consente!». Depois muitas outros artigos virão! Um dos meus objectivos é trazer pessoas ao blog! Espero que gostem da minha participação. Um abraço! Roberto
publicado por alcacovas às 15:57
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Sábado, 21 de Janeiro de 2006

Vamos todos votar amanhã

Hoje não vos vou falar de política pois estamos em dia de reflexão e quer nós gostemos ao não as leis são para se cumprir.
Hoje dirijo-me a todos vós caros leitores do blog da nossa querida terra por um motivo de cidadania. Apelo a todos vós que amanhã vão votar, pois é um direito pelo qual muito se lutou em Portugal e que nós devemos exercer como um direito sagrado, independentemente das nossas orientações politicas, independentemente de existir uma grande descrença na classe política, peço-vos não deixem de ir votar amanhã.

rmgv
publicado por alcacovas às 13:11
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Quinta-feira, 12 de Janeiro de 2006

VOLTANDO ÀS PRESIDENCIAS

No último texto que escrevi tentei ser o mais pragmático possível e não me deixar cair nas tentações generalistas que por vezes nos atraem com facilidade. Tentei falar de factos e não de puras especulações. Não me quis basear em coisas que tivessem acontecido, mas que aconteceram mesmo. Senão, como já referi, como é que seria possível Cavaco Silva ter tido maiorias em quase todo o Alentejo (inclusive Alcáçovas). Será que andaram assim tão enganados?

As conjunturas favoráveis aproveitam-se, não se desperdiçam. Pegando nos exemplos e contradições do Ricardo Vinagre quero deixar algumas breves notas:
1) Em 1973 todos os indicadores económicos eram favoráveis à construção do Porto de Sines. Marcelo Caetano investiu tudo aquilo que Salazar foi amealhando à custa da miséria do nosso povo e da repressão da sua ditadura. Não contava com o choque petrolífero de 1973/74, o que é certo é que deixou o nosso Estado completamente descapitalizado;
2) As opções que foram tomadas a partir da revolução de 74 por todos os Governos (onde estiveram presentes todos os partidos políticos, em coligação ou não), levaram-nos a um estado de degenerescência quase absoluta, o que nos obrigou a recorrer ao FMI por duas vezes;
3) A nacionalização das grandes empresas (que todos partidos subscreveram - até o CDS), fez com que o nosso País se tornasse um dos mais improdutivos da Europa. Consequência que hoje ainda pagamos;
4) Cavaco Silva começa a sua governação em minoria, pegando num País que se Encontrava de rastos. Consegue alterar a Constituição com Victor Constâncio (então presidente do PS) permitindo que Portugal pudesse ter sucesso na Europa;
5) De facto, entraram milhões de fundos comunitários (que ele negociou), mas hoje também entram – que eu saiba ainda não perdemos verbas. Será que apenas soube aproveitar a oportunidade? Deixou andar e as coisas foram acontecendo e a sua governação não teve nenhuma influência?;
6) As remessas dos emigrantes portugueses que tanta expressão tiveram na nossa economia, será que foram aplicadas da mesma forma por outros governos?;
7) Será que as verbas que recebemos dos alemães para a utilização do aeroporto de Beja foram bem aplicadas na região? Sabiam que eram para ser utilizadas na mudança da agricultura alentejana, na perspectiva do desenvolvimento do regadio – eu sei que isto já vem do tempo de Salazar, mas também a intenção da construção de Alqueva. Porque é que não se fazem estas comparações?
8) Guterres após 1995 encontrou uma conjuntura altamente favorável – os fundos comunitários continuavam a entrar, o País crescia e o petróleo atingiu os valores mais baixos de toda a história. Será que soube aproveitá-la? Não. Passámos a ser um Pais altamente deficitário que só sobrevive porque estamos em zona Euro.

Por isso as conjunturas favoráveis devem-se aproveitar. Devemos poupar e investir quando estamos a crescer,

A Cavaco Silva são-lhe totalmente reconhecidas as suas qualidades, inclusive pelos portugueses. Naturalmente, como qualquer Homem, tem defeitos. Erra e também se engana.

Para as presidenciais temos que optar entre homens. Por aquilo que são e por aquilo que foram. Mas também por aquilo que ainda podem fazer.

António Costa da Silva

publicado por alcacovas às 14:23
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Bolsas e Associações

A Câmara Municipal de Viana do Alentejo volta este ano a premiar o mérito académico dos alunos do concelho.
www.cm-vianadoalentejo.pt/modules/destaque/avabe.php
Um acto que eu espero que se mantenha, pois o mérito tem que ser premiado e reconhecido.


Por outro lado vejo que a Câmara Municipal de Viana do Alentejo se continua a preocupar com a cultura no nosso concelho, mas qual cultura? A cultura do “bora lá fazer uma associação”? Será que a cultura é só associações? Creio que não, mas creio também, que as associações quando estão ao serviço da população e do desenvolvimento cultural e social prestam um importante contributo a sociedade.
Mas quando a Câmara distribui 44 mil euros pelas 19 associações do concelho, ai fico preocupado!
http://www.cm-vianadoalentejo.pt/modules/destaque/cmepec.php
Seria injusto estar a pôr todas as associações dentro do “mesmo saco” pois existem algumas com provas dadas e com obra, que certamente deveriam ser discriminadas positivamente, pois a sua contribuição para o desenvolvimento do nosso concelho é inegável. Mas então as restantes?
Será que num concelho que não há muito tempo era um dos mais pobres do país se justifica que se distribua dinheiro por associações que ao longo do ano fazem uma ou duas actividades, e que os seus custos de manutenção são reduzidos?
Será que esses fundos não poderiam ser canalizados para outros fins culturais onde existiria um maior beneficio por parte da sociedade em geral, por exemplo na compra de livros para as bibliotecas do concelho, aquisição de material informático alargando assim a possibilidade de todos os cidadãos do nosso concelho poderem usufruir das novas tecnologias.
Penso que a Câmara deve continuar a subsidiar as associações mas sim aquelas que mostrem que estão ao serviço da população em geral, passando estas a receber mais e assim podendo continuar a desenvolver obra e projectos sociais. Em relação aquelas que só servem para receberem os subsídios e o resto do ano estarem ao serviço de um grupo muito restrito de cidadãos a Câmara deveria tomar medidas, tais como a suspensão da atribuição do subsídio.
Não quero que este meu texto seja interpretado como um ataque ao associativismo do nosso concelho, pois penso que este desempenha, como já disse, um importante papel quando esta ao serviço dos cidadãos podendo com isso contribuir para o desenvolvimento do nosso concelho.

rmgv
publicado por alcacovas às 00:11
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Terça-feira, 10 de Janeiro de 2006

Meio Mundo

0-mapaalcacovas.jpg
Era esta a configuração do mundo em 1479 depois de assinado o tratado de Alcáçovas!
Bons velhos tempos éramos donos de metade do mundo, enquanto hoje até corremos de ficar sem a EDP.
As voltas que a vida dá!

rmgv
publicado por alcacovas às 01:44
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Publicado por:

André Correia (AC); António Costa da Silva; Bruno Borges; Frederico Nunes de Carvalho; Luís Mendes; Ricardo Vinagre.

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